Exposição mostrará inovações tecnológicas dos mais de 190 países representados em seus pavilhões
Os Emirados Árabes Unidos inauguraram nesta quinta-feira em Dubai em alto estilo a Expo 2020, primeira exposição universal realizada no Oriente Médio e o maior evento mundial desde o início da pandemia de Covid-19.
O jovem príncipe-herdeiro de Dubai, xeque Mohamed bin Rashid Al Maktum, inaugurou oficialmente o evento de 700 bilhões de dólares com efeitos luminosos em um recinto em forma de abóbada e com vários concertos, entre eles os da famosa diva dos Emirados Ahlam e a cantora britânica Ellie Goulding.
A primeira Exposição Universal ocorreu em 1851 em Londres, no Crystal Palace, uma estrutura criada para a ocasião. Em Paris, a de 1889 apresentou ao mundo a icônica Torre Eiffel. Esta Expo 2020 promete ser o maior evento já visto no Oriente Médio, no ano que antecede a Copa do Mundo de futebol, que será celebrada na casa de seu rico vizinho Catar.
Dubai espera quase 25 milhões de visitantes durante os próximos seis meses. Ao contrário do Japão que proibiu a presença de público nos Jogos Olímpicos de Tóquio, Dubai abre suas portas aos turistas estrangeiros, com a condição de que usem máscara e respeitem o distanciamento social. Todos os visitantes deverão estar vacinados ou, caso não estejam, devem apresentar um teste PCR negativo muito recente.
Robô panda e chuva solar
Os Emirados estão entre os países que vacinaram sua população mais rápido, com quase 20 milhões de doses para 10 milhões de habitantes. A Expo 2020 revela as grandes ambições de Dubai, que acumula recordes para atrair a atenção midiática e principalmente os turistas. Sua torre Burj Khalifa, por exemplo, é a mais alta do mundo, com 828 metros.
Devido ao atraso provocado pela pandemia, o país poderá realizar em 2 de dezembro, em plena Expo 2020, o 50º aniversário de criação desta federação de sete emirados, cuja capital é Abu Dhabi.
Entre as diversas atrações previstas estão os jogadores de basquete Harlem Globetrotters e um robô panda chinês. Os fãs de viagens futuristas poderão subir em uma cabine ‘Hyperloop’ (que se desloca a grande velocidade em um tubo) e os amantes da história admirarão um antigo sarcófago no pavilhão egípcio.
A China alardeia dispor de um dos maiores pavilhões, em forma de bulbo, enquanto o Marrocos construiu o seu sobre a terra por razões ambientais. Os holandeses contam com uma pirâmide coberta de plantas comestíveis e irrigada por água da chuva solar.
A maioria dos Estados europeus participa deste evento, apesar de o Europarlamento ter pedido boicote “para expressar sua rejeição às violações dos direitos humanos nos Emirados”. As ONGs criticam o país por violar a liberdade de expressão e as condições dos trabalhadores estrangeiros, como aqueles que participaram da construção da área da Expo 2020.
Correio do Povo