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sexta-feira 22 novembro 2024
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Bolsonaro volta a criticar Moraes: “Está contaminando a democracia”

Presidente discursou na segunda edição brasileira da Conferência de Ação Política Conservadora, neste sábado, em Brasília

Foto: Marcos Corrêa / PR / Divulgação / CP

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a criticar neste sábado (4), na Cpac (Conferência de Ação Política Conservadora, na tradução do inglês), em Brasília, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, apesar de não citá-lo diretamente.

“Infelizmente, temos um ministro do Supremo, um ministro do Supremo que está dando um tom completamente errado. Lá, todos devem zelar pela Constituição. […] Este um está contaminando a nossa democracia, esse um está ignorando vários incisos do artigo 5º da Constituição e está ignorando o outro dispositivo que fala da liberdade de expressão”, disse o presidente.

Bolsonaro cobrou ainda providências do STF quanto à conduta do ministro nos chamados inquéritos das fake news e das milícias digitais, que investigas ataques à democracia. “Quando um deputado federal ou um senador está extrapolando, o que é comum?

A princípio ele vai pro Conselho de Ética. E no Supremo Tribunal Federal quando um ministro está saindo também pela tangente na curva, o que acontece com ele?”, indagou. Bolsonaro pediu ao Senado Federal, no último dia 20 de agosto, o impeachment do ministro.

O presidente defendeu novamente o voto impresso e criticou também o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). “Daqui a pouco vira a Casa da Mãe Joana”, disse ele ao se referir a um possível efeito dominó causado pela desmonetização de canais por supostos discursos antidemocráticos decidida pelo Corregedor-Geral Eleitoral, ministro Luis Felipe Salomão.

Segundo o presidente, “se o TSE pode, os TREs também podem fazer [a desmonetização”. Isso seria um embraço à liberdade de expressão, de acordo com o mandatário.

7 de Setembro

Bolsonaro disse ainda que as manifestações marcadas para o dia 7 de Setembro, em defesa do governo e “da liberdade”, não terão atos de violência ou depredação de patrimônio público ou privado. “Nós somos pacíficos. Nunca invadimos e nem invadiremos nenhum prédio por ocasião desse momento”.

O presidente da República garantiu que os atos vão respeitar a Constituição. “Não jogaremos fora das ‘quatro linhas’. Mas não permitiremos que ninguém, com o uso da força, jogue também”, afirmou. Ele aproveitou para, em tom de provocação, “convidar também qualquer ministro, dos 10 que estão no STF” para os atos.

Rodrigo Maia

Jair Bolsonaro respondeu ainda a uma insinuação feita por Rodrigo Maia (sem partido), ex-presidente da Câmara dos Deputados, em uma entrevista na última quinta-feira (2). “Eu tenho uma grande dúvida [se o Bolsonaro é gay]. Eu acho que é. Não tem nenhum problema”, disse o ex-parlamentar.

Segundo Bolsonaro, “depois que ele foi trabalhar com o Doria [governador de São Paulo], ele se interessou pela pauta LGBT. Esse gordinho nunca me enganou”, referindo a Maia.

“Olhem o nível a que chega a política. Um cidadão que até há pouco era o terceiro na escala hierárquica”, complementou.

CoronaVac e “passaporte da vacina”

O presidente aproveitou o evento para criticar indiretamente o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), e lançar dúvidas sobre a eficácia da CoronaVac, fabricada pelo Instituto Butantan. “Por que ficarmos apenas focados na vacina. E eu pergunto: fala-se em comprovação científica. A CoronaVac tem comprovação científica?”.

Bolsonaro defendeu novamente o uso de hidroxiclororquina e ivermectina como “tratamento precoce” contra a Covid-19 e afirmou ser um absurdo que prefeitos e governadores queiram tornar obrigatório o comprovante de vacinação para a entrada em espaços públicos. “Ainda querem o ‘passaporte da vacina’. É uma irresponsabilidade”, disse.




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