Problemas nas teclas da urna e suposta exclusividade do Brasil no uso do sistema eletrônico foram alguns dos pontos rebatidos pela Corte
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) rebateu o discurso do presidente Jair Bolsonaro sobre supostas fraudes no sistema eleitoral com as urnas eletrônicas, nesta quinta-feira. Por meio das redes sociais, o tribunal publicou diversas checagens. Problemas em teclas da urna e a suposta exclusividade do Brasil no uso do sistema eletrônico foram alguns dos pontos levantados pelo presidente e desmentidos pelo TSE.
No começo da transmissão ao vivo, Bolsonaro disse ter relatos de pessoas que tentaram votar no número dele na eleição presidencial de 2018 e foram impedidas pela urna, ao passo que pessoas que tentaram votar no então candidato do PT, Fernando Haddad, não enfrentaram o problema. O TSE esclarece que, neste caso, as pessoas tentaram votar para presidente no momento errado – de escolher o governador -, e que não havia, naquela localidade, nenhum candidato do PSL (17) disputando o pleito estadual.
Em outro momento, o presidente disse que só três países no mundo fazem uso da urna eletrônica, entre eles o Butão. Sobre isso, o TSE esclarece que 23 países já adotaram urnas com tecnologia eletrônica em eleições gerais e 18 em pleitos de cunho regional. “Entre os países estão o Canadá, a Índia e a França, além dos Estados Unidos, que têm urnas eletrônicas em alguns estados”, cita um trecho da checagem do TSE.
Em vários momentos da live, Bolsonaro disse que a apuração dos votos vai ser feita “pelos mesmos que tornaram o ex-presidente Lula (PT) elegível e que o tiraram da cadeia”. O TSE rebate dizendo que a apuração dos votos é feita de forma pública.