Prefeito do Rio afirma que tentou ser gentil com o ex-presidente, que ajudou cidade e seu governo
Foto: Wilson Dias / ABr / CP
O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PMDB), classificou suas declarações em diálogo gravado pela Polícia Federal (PF) na operação Lava Jato como comentários de extremo mau gosto, que geraram arrependimento e vergonha. Ele minimizou o trecho em que sugeriu um limite para a atuação dos investigadores e negou que tenha informações sobre a titularidade do sítio em Atibaia, usado pela família do ex-presidente.
“Quero dar esclarecimentos, satisfação e contextualizar aquela conversa. Eu tentei ser gentil com o ex-presidente que ajudou muito a cidade e meu governo, e que agora passa por um momento difícil”, disse.
Paes alegou que em uma ligação gentil as pessoas falam gentilezas. “Eu sou carioca em excesso, o terror dos assessores, falo muito em on e em off. Foram brincadeiras de mau gosto com Pezão e Dilma”, afirmou. Ele também se desculpou com a população de Maricá, alvo de piadas na conversa interceptada pela PF.
Sobre o comentário de que seria preciso “dar um limite” ao Ministério Público Federal (MPF) e à PF, o prefeito procurou contextualizar a conversa com os dias que seguiram ao depoimento prestado por Lula na Lava Jato. “Eu me referia à condução coercitiva. Considerei que houve certo exagero e esta foi uma crítica de boa parte da população”, justificou.
A respeito do sítio, Paes declarou não saber de nada e acrescentou que cabe ao ex-presidente dar explicações. “Eu respondo pelos atos na vida política”, afirmou.
Correio do Povo