Governo do Estado entregou a Marcelo Queiroga uma solicitação de envio de novos equipamentos
Em passagem por Porto Alegre nesta quinta-feira, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, se encontrou com o governador Eduardo Leite e com o prefeito Sebastião Melo. A reunião durou cerca de uma hora e contou também com a participação da secretária estadual da Saúde, Arita Bergmann.
Na pauta, reivindicações acerca das dificuldades que a população do Sul enfrenta nos meses mais frios, com uma priorização na vacinação contra a Covid-19, bem como recursos para custeios dos serviços.
O governador aproveitou ainda para esclarecer polêmica sobre boatos envolvendo retenção de doses. “Estamos vendo uma leve redução de internações em leitos clínicos e de UTI, mas estamos nos aproximando do inverno, momento no qual começam a surgir outras doenças respiratórias, que também demandam atendimento.
Por isso, o momento ainda inspira cuidados, e precisamos ter equilíbrio e sensatez, garantindo estrutura de atendimento hospitalar e, de outro lado, a expansão da vacinação” , ponderou Leite.
O governo do Estado entregou ao ministro uma solicitação de envio de novos equipamentos, como 100 monitores cardíacos, 100 respiradores beira-leito, 100 respiradores de transporte e 400 bombas de infusão.
Porto Alegre
Já o prefeito entregou um ofício detalhando as despesas municipais e pedido de repasses diante dos gastos extras para ampliar o atendimento de saúde no enfrentamento da pandemia.
“Entregamos várias reivindicações, mas a primeira delas é que reforçamos o desejo de ter mais vacinas”, revelou Melo, que também solicitou uma manifestação do ministro sobre a reabertura das escolas.
Mas o pedido principal foi financeiro, calculado em R$ 103 milhões, que poderá cobrir despesas já realizadas para ampliação de leitos durante o pico de casos registrados na Capital nos últimos meses.
De março a dezembro de 2020, o Ministério da Saúde repassou R$ 340 milhões para o enfrentamento da Covid-19 na Capital. Já nos três primeiros meses de 2021, o valor destinado foi de R$ 10 milhões, considerados insuficientes para cobrir os custos da rede de saúde dedicada à pandemia.
Vítima de fake news
Leite disse ser vítima ainda de uma “fake news”, em que o Estado estaria estocando vacinas e deixando de aplicar doses. “O que não faz nenhum sentido. Seria uma grande façanha, um grande feito, que mesmo estocando vacinas, o Estado está entre os que mais vacinaram”, alfinetou. Conforme o governador, a coordenadora do PNI, Francieli Fantinato, explicou que cada remessa de doses enviada pelo Ministério vem acompanhada de informações a respeito de qual grupo prioritário deve ser vacinado naquele momento.
A 11ª remessa recebida pelo Rio Grande do Sul trouxe doses que deveriam, conforme orientação expressa do Ministério da Saúde, ser destinadas à aplicação da segunda dose em profissionais da saúde que receberam a primeira dose no dia 25 de janeiro. No próximo 25 de abril, o prazo de 12 semanas termina, e esses profissionais devem receber a segunda dose. Queiroga tratou de se afastar deste mal entendido. “Eu não avalio quem está mentindo ou não. Eu já me vacinei contra a Covid por que estava na linha de frente e também me vacinei contra intrigas”, respondeu.