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sexta-feira 22 novembro 2024
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Separatistas reforçam posição no parlamento, em eleições da Catalunha

Partido do governo teve mais votos, mas não deve conseguir formar maioria

Foto: Lluis Gene / AFP / CP

Os separatistas catalães reforçaram sua maioria no Parlamento regional neste domingo, após eleições marcadas pela pandemia, nas quais os socialistas do primeiro-ministro espanhol Pedro Sánchez conseguiram uma vitória insuficiente para tomar o poder. A política foi parcialmente ofuscada pela pandemia, que deixou marcada a imagem de funcionários destacados para as sessões de votação protegidos da cabeça aos pés para permitir a votação presencial para eleitores doentes com covid-19 ou em quarentena.

Apesar das divisões internas que surgiram após o fracasso da tentativa de secessão em outubro de 2017, os separatistas no poder expandiram sua maioria parlamentar e até superaram os 50% dos votos pela primeira vez nas eleições regionais. Isso diluiu a vitória dos socialistas de Pedro Sánchez, que se uniu à popularidade de seu ex-ministro da Saúde e timoneiro na luta contra o vírus na Espanha, Salvador Illa, para conquistar essa rica região de 7,8 milhões de habitantes.

Com 97,5% dos votos apurados, Illa foi o candidato mais votado (23,4%), mas, com apenas 33 das 135 cadeiras no Parlamento regional, parece difícil que seu Partido dos Socialistas da Catalunha (PSC) possa presidir a região, já que os independentistas prometeram vetar sua formação de pactos de governo.

Logo atrás na votação aparecem os dois partidos do governo regional, Esquerda Republicana (ERC), com 33 assentos, e Juntos pela Catalunha (JxC), com 32. Com os nove assentos da esquerda radical CUP, os independentistas aumentarão de 70 para 74 assentos e poderão formar um governo se conseguiram deixar para trás as discrepâncias de opinião que surgiram desde o fracasso de 2017.

Pela primeira vez, o ERC supera seus parceiros de coalizão JxC, colocando seu candidato Pere Aragonés, um separatista moderado, como o favorito para presidir a região. As eleições trouxeram para Parlamento catalão à extrema direita do partido Vox pela primeira vez, que com um discurso inflamado contra o separatismo catalão emergiu como a quarta força com 11 assentos.




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