Bolsa subiu 2,49% em meio a otimismo externo
No dia das eleições nos Estados Unidos, o dólar fechou em pequena alta depois de operar em baixa na maior parte da sessão. O dólar comercial encerrou a terça-feira vendido a R$ 5,762, com alta de R$ 0,024 (+0,42%). Na mínima do dia, por volta das 11h30min, a divisa chegou a R$ 5,65, com queda de mais de 1,5%.
Nesta tarde, o Senado brasileiro abriu a sessão que vota o projeto de lei que estabelece a autonomia do Banco Central (BC). A proposta, no entanto, esbarra na resistência a outro projeto, que simplifica a autorização para transporte terrestre coletivo internacional e interestadual. A votação do veto presidencial à prorrogação da desoneração da folha de pagamentos para o fim de 2021, marcada para amanhã, também acrescentou incertezas às negociações.
Os investidores também repercutiram declarações do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, de que as votações da proposta de emenda à Constituição (PEC) emergencial e do Orçamento do próximo ano podem ser adiadas para o início de 2021. Em evento ao vivo ontem, Maia declarou que a obstrução da agenda da Casa por parte da base governista está prejudicando a pauta econômica.
As turbulências políticas externas não se refletiram no mercado de ações. O índice Ibovespa, da B3, fechou o dia aos 95.980 pontos, com alta de 2,16%. O indicador sofreu influência das bolsas dos Estados Unidos e da divulgação do balanço de empresas do setor de mineração e de siderurgia.
Depois de semanas de tensão por causa das eleições norte-americanas, os mercados financeiros globais iniciaram a semana em clima de otimismo. Na avaliação dos investidores, o desfecho da disputa entre o presidente Donald Trump e o candidato democrata, Joe Biden, vai destravar as negociações para um novo pacote de estímulos à maior economia do planeta em meio à pandemia do novo coronavírus.