Governo definiu que ministro da Justiça vai tentar impedir depoimento de Weintraub

Foto: Marcos Corrêa / PR / Divulgação
O presidente Jair Bolsonaro criticou, em redes sociais, na noite desta quarta-feira, a operação deflagrada pela Polícia Federal e determinada pelo Supremo Tribnal Federal (STF) no curso de investigação de divulgação de fake news contra a Corte.

“Ver cidadãos de bem terem seus lares invadidos, por exercerem seu direito à liberdade de expressão, é um sinal que algo de muito grave está acontecendo com nossa democracia”, escreveu Bolsonaro no Twitter.

A invasão que o presidente sustenta ter ocorrido é uma referência a um cumprimento pela Polícia Federal (PF) de 29 mandados de busca e apreensão, expedidos pelo ministro do STF Alexandre de Moraes.

A ação mirou nomes de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) como o empresário Luciano Hang, o presidente do PTB, Roberto Jefferson, a blogueira Sara Winter, entre quase 20 investigados, incluindo oito deputados do PSL.

Ministro da Justiça vai tentar impedir depoimento de Weintraub

O R7 também apurou que o ministro da Justiça e Segurança Pública, André Mendonça, vai apresentar um pedido de habeas corpus na tentativa de barrar o depoimento do ministro da Educação, Abraham Weintraub, na PF, após críticas feitas por ele aos integrantes do STF.

Normalmente, pedidos desse tipo cabem à Advocacia-Geral da União (AGU). A estratégia divergente, no entanto, se definiu nesta quarta-feira, durante uma reunião de emergência no Palácio da Alvorada com a presença do presidente Jair Bolsonaro.

Na terça-feira, o ministro Alexandre de Moraes deu o prazo de cinco dias para Weintraub se explicar sobre as declarações e ameaças feitas durante a reunião ministerial de 22 de abril. Na ocasião, o ministro defendeu prisão para membros da Suprema Corte. “Eu, por mim, botava esses vagabundos todos na cadeia. Começando no STF”, disse.