Governador disse aos deputados estaduais que o detalhamento será feito nesta quarta-feira. Confirmou que as restrições serão por região e setor
O modelo tem sido chamado pelo próprio governador como “distanciamento social controlado”. “Sabemos que restrições rigorosas e uniformes não são sustentáveis por um longo período. Vamos trabalhar com o dedo no pulso, monitorando capacidade hospitalar e número de casos a todo o momento, para adaptarmos as medidas de acordo com a necessidade de cada região”, detalhou Leite.
O líder do governo na Assembleia, Frederico Antunes (PP), explicou que será adotada uma avaliação por região e por setor da economia para permitir que algumas atividades possam ser retomadas, com as devidas medidas de precaução, a partir desse novo protocolo. O parlamentar citou as microrregiões dos Vale do Sinos e do Vale do Paranhana como locais de atividade industrial que poderá ser restabelecida, contanto que os empreendimentos obedeçam aos requisitos a serem estabelecidos.
Antunes também indicou que o governo continua analisando formas de atenuar os impactos econômicos e que condições de crédito pelo Banrisul aos servidores é uma medida a ser adotada. No encontro, Leite anunciou que o governo do Estado não irá descontar o difícil acesso que os professores receberam no mês de março. O anúncio foi comemorado pela deputada Sofia Cavedon, que é presidente da Comissão de Educação da Assembleia.
A reunião foi a terceira em que Leite ouviu demandas dos deputados estaduais. Ele foi cobrado sobre articulação com os senadores gaúchos para que votem a favor das compensações por perdas na arrecadação estadual pela União, projeto que já teve a aprovação da Câmara e está agora em discussão no Senado. A proposta até o momento é rejeitada pela equipe econômica do governo federal.
A iniciativa do governador tem sido apreciada e elogiada até por integrantes a oposição. “É uma atitude muito correta do governador que tem se demonstrado interessado e disponível para ouvir os parlamentares”, avaliou o líder da bancada do PT, Luiz Fernando Mainardi. O petista, no entanto, disse que vê com preocupação a flexibilização de restrições. Disse que o governo não se posicionou sobre a sugestão de utilizar crédito do Banrisul para pagar os servidores em dia no modelo semelhante ao do 13º nos últimos anos.
Luiz Sérgio Dibe/Correio do Povo