Com o apoio do IBGE, ministro quer desenhar a melhor forma de aplicar os testes na população
O Instituto Brasileiros de Geografia e Estatística (IBGE) será o “braço direito” do governo para ajudar a “desenhar a melhor forma de realizar” os testes de novo coronavírus na população e entender a evolução da doença no país. Teich também comentou a realização de estudos, dizendo que “é importanter que os médicos incluam as pessoas nos estudos para que se entendam os benefícios dos tratamentos e enxergar a melhor forma de recomendar tratamentos”. Segundo o ministro, como a descoberta e aplicação das vacinas será de longo prazo, acompanhar os tratamentos deve ser prioridade.
O Secretário da Vigilância em Saúde, Wanderson Oliveira, chamou a atenção para a importância do uso dos testes rápidos em pesquisas científicas sobre a Covid-19. Ele usou como exemplo a pesquisa inédita realizada pela Universidade Federal de Pelotas (Ufpel), em parceria com o governo do RS. “Os dados do Rio Grande do Sul mostrou uma prevalência muito baixa do vírus, indicando que ele não está circulando da mesma forma como em outros lugares do Brasil. Temos essas pesquisas em vários municípios que estão recebendo testes e fazendo parcerias com universidades. Esse é o momento de aproveitar os testes da melhor maneira possível”, apontou.
O resultado da segunda fase da pesquisa da Ufpel deve ser entregue ao governo nesta quarta-feira, projetou o governador Eduardo Leite. Os dados, segundo o governo gaúcho, serão usados para orientar o novo modelo de distanciamento social controlado a ser implantado no Estado no próximo mês.
Não-linearidade
O secretário-executivo do Ministério da Saúde, Eduardo Pazuello, afirmou que não-linearidade é a palavra-chave que será adotada em um novo modelo do Ministério da Saúde no combate ao novo coronavírus. “Aonde precisa de algum grau ainda de isolamento, precisa ter, muito especificamente para cada lugar”, detalhou o secretário. “Não podemos falar de Brasil com a simplificação que eu tenho lido. Brasil não é só o Brasil. É um continente, não pode ser resumido a uma relação de que no Brasil é assim. Lá em Uruguaiana é assim, lá em Boa Vista é assado. É diferente”, afirmou.
De acordo com Pazuello, o planejamento das ações contra o novo coronavírus será centralizado e a execução, descentralizada e integrada entre estado e município.”Dentro da não-linearidade, temos cidades que precisam de ação mais imediata, como Manaus, Belém, Rio de Janeiro, Fortaleza”, afirmou. “O Sistema Único de Saúde (SUS) se torna fundamental para essa resposta. O governo federal apoiando, centralizando recursos, boletins e orientações, o município na básica e estado na média e alta complexidade. Parece um desenho complicado, mas é o melhor que tem, não dá pra ser diferente.”
Casos e mortes
O número de mortes por Covid-19 no Brasil chegou a 4.543 nesta segunda, de acordo com o Ministério da Saúde. Os casos confirmados da doença já são 66.501, o que coloca o país em 11º lugar no número de pessoas infectadas. Em 24 horas, houve a notificação de 4.613 casos e de 338 novos óbitos.
Correio do Povo e R7