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sábado 23 novembro 2024
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Bolsa desaba mais de 12% e registra maior queda em mais de 20 anos

Moeda norte-americana chegou próximo de R$ 4,80 nesta segunda-feira

Bolsa de Valores de São Paulo teve um dia de perdas nesta segunda

Bolsa de Valores de São Paulo teve um dia de perdas nesta segunda 

O Ibovespa desabou mais de 12% nesta segunda-feira (9), com as ações da Petrobras ampliando as perdas para mais de 30%, após decisões da Arábia Saudita derrubarem os preços do petróleo e adicionarem incertezas a um mercado financeiro já melindrado por preocupações com os reflexos do coronavírus na economia global. Na sessão, o Ibovespa caiu 12,16%, a 86.075,87 pontos, tendo chegado a 85.879,64 pontos na mínima do dia, menor patamar desde o final de 2018.

A queda diária é maior desde setembro de 1998, ano marcado pela crise financeira russa. O volume financeiro era expressivo e superava R$ 43 bilhões.

Por volta de 10h30min, a bolsa acionou o circuit breaker, quando o Ibovespa tocou 88.178,33 pontos, uma queda de 10,25%. Os negócios foram paralisados por 30 minutos. O mecanismo será disparado novamente se o Ibovespa cair 15%.

A última vez que o circuit breaker foi acionado foi em 18 de maio de 2017, no que ficou conhecido no mercado como “Joesley Day”, após vir a público gravação de conversa entre o então presidente Michel Temer e o empresário Joesley Batista e sua delação relacionada a atos de corrupção envolvendo políticos.

As ações da Petrobras aceleravam as perdas, com as preferenciais caindo 31%, a R$ 15,70, sendo que na mínima chegaram a R$ 15,41, enquanto os papéis ordinários recuavam 31,01%, a R$ 16,60, tendo chegado a R$ 16,44 no pior momento.

Tal desempenho representava uma perda de cerca de R$ 95 bilhões no valor de mercado da Petrobras nesta sessão. O ministro das Minas e Energia, Bento Albuquerque, descartou nesta segunda-feira medidas emergenciais a serem tomadas pelo governo diante da forte queda do petróleo.

“Ainda estamos passando por um momento perigoso, com extrema volatilidade”, chamou a atenção a equipe do BTG Pactual.

O petróleo Brent fechou em queda de 24,1%, a US$ 34,36 o barril, após a Arábia Saudita ter sinalizado que elevará a produção para ganhar participação no mercado, bem como cortado preços oficiais de venda de petróleo. Na mínima, o Brent caiu 30%, o maior recuo diário desde a Guerra do Golfo, em 1991.

A guerra aberta pela Arábia Saudita no front da produção de petróleo contra a Rússia chegou em um momento no qual o mercado ainda se mostrava fragilizado pela rápida disseminação da epidemia do novo coronavírus além da China e promovendo fortes ajustes poucas semanas após renovarem máximas.

O recorde histórico do Ibovespa para fechamento foi registrado em 23 de janeiro deste ano, a 119.527,63 pontos.

“Nesse cenário, a tendência é que o mercado adote postura conservadora e se feche”, afirmou o presidente da corretora BGC Liquidez, Erminio Lucci, alertando que não há solução fácil, mas que os governos devem estudar medidas de estímulo econômico, principalmente fiscal e via compra direta de ativos.

Dólar

Já o dólar se aproximou de R$ 4,80. No fechamento das operções no mercado à vista, o dólar saltou 1,97%, a R$ 4,7256 na venda, depois de alcançar R$ 4,7950, novo pico histórico intradiário. A alta da moeda no fechamento é a mais forte desde 6 de novembro de 2019 (+2,22%).

Correio do Povo




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