Biólogos ainda vão analisar causas para animal de grande porte encalhar na costa
O trabalho de remoção para a areia começou pouco antes das 10h e foi interrompido às 13h. Nesta segunda-feira, antes das 7h, profissionais do Ceclimar irão fazer coleta e análise do animal encalhado e, em seguida, máquinas vão terminar o trabalho, enterrando a carcaça.
De acordo com o biólogo Maurício Tavares, do Ceclimar/Ufrgs, a baleia jubarte não é incomum em nosso litoral. “Elas se reproduzem em Abrolhos, na Bahia, e fazem o trajeto entre o arquipélago e extremo sul do continente em uma linha mais afastada da costa, diferentemente de outra espécie mais conhecida, que é a baleia franca, que se aproxima mais”, explica. Tavares afirma que só uma análise no local vai determinar a causa da morte. “Vamos verificar se o animal tem marcas de colisão com navio. Mas pode também ter morrido por outro motivo”, avalia.
O animal que encalhou não foi medido, mas pode ter entre 5 e 8 metros de comprimento. O biólogo disse que foi avisado da aproximação do corpo pelos Guarda-Vidas. Eles avistaram a carcaça boiando na guarita 164 e 167 e esta acabou encalhando entre as de número 169 e 170. “Estimamos entre 10 e 11 toneladas o seu peso. Tivemos dificuldades com a máquina e as cordas. Mas vamos terminar o serviço com uma segunda máquina no começo da manhã desta segunda-feira”, projetou o secretário municipal da Zona Sul de Tramandaí, Adan D’Ávila.
Uma retroescavadeira rebocou o bicho da beira da água em direção à areia. Durante a operação, guarda-vidas e a Brigada Militar afastaram os banhistas e isolaram a área, a fim de evitar acidentes, como o desprendimento de alguma parte da baleia ou o rompimento de cordas.