Um montante significativo pago por pessoas presas não foi depositado nas contas específicas, conforme a delegada responsável por investigar a situação
“Os valores estão um pouco defasados, porque na realidade estamos verificando fatos que aconteceram de 2013 até a 2016. Então, agora precisamos atualizar os valores, mas é um montante bem considerado de dinheiro que não foi depositado nas contas judiciais quando houve o pagamento de fianças”, relata Diná.
A titular da DP de Ibirubá também citou que a quantidade de pagamentos que não tem o seu destino conhecido está sendo apurada pelas investigações.
De acordo com o Promotor Juliano Griza, titular da 1ª Promotoria de Justiça de Carazinho, o início das investigações envolvendo o pagamento de fianças na DP carazinhense iniciou após o Ministério Público (MP) e o Poder Judiciário notarem a falta de documentos nos processos que eram encaminhados à Justiça.
Toda vez que uma fiança é arbitrada é necessário confeccionar um Termo de Fiança e anexar ao documento a Guia de Depósito, um comprovante de que o valor pago pela pessoa presa foi efetivamente depositado.
“No entanto, começamos a perceber que reiterados processos estavam chegando até nós sem a Guia de Depósito, o que nos levou a pedir esclarecimentos sobre o ocorrido”, explica o promotor.
Após o encaminhamento do pedido de apuração dos fatos, o Departamento de Polícia do Interior (DPI) delegou para a DP de Ibirubá a investigação sobre as circunstâncias. “Após a determinação da DPI estamos fazendo as diligências e, em conjunto com o Poder Judiciário e a Receita Estadual, estamos realizando os levantamentos para verificar toda essa situação”, detalha Diná Rosa Aroldi.
Após concluída a investigação, o inquérito será remetido ao Judiciário que irá avaliar as provas e abrir um processo judicial ou arquivar o processo.
Diario da Manhã Carazinho
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