Presidente da Câmara questionou insinuação do ministro de que Greenpeace pode estar por trás da tragédia ambiental
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), cobrou uma posição oficial do ministro Ricardo Salles (Meio Ambiente) sobre a origem do vazamento de óleo que desde setembro chega às praias do Nordeste. “Estamos esperando uma posição oficial do Ministério do Meio Ambiente”, escreveu Maia no Twitter.
Na mesma publicação, o deputado compartilhou uma reportagem sobre um tuíte de Salles no qual ele insinua que a organização ambiental Greenpeace pode estar por trás do vazamento. “Tem umas coincidências na vida né… Parece que o navio do #greenpixe estava justamente navegando em águas internacionais, em frente ao litoral brasileiro bem na época do derramamento de óleo venezuelano”, tuitou Salles.
Em resposta ao questionamento de Rodrigo Maia, o ministro Salles tuitou: “Presidente, o navio do Greenpeace confirma que navegou pela costa do Brasil na época do aparecimento do óleo venezuelano, e assim como seus membros em terra, não se prontificou a ajudar”.
Não satisfeito com o esclarecimento de Salles, Rodrigo Maia responde, minutos depois, no próprio tuíte do ministro a mensagem: “Ministro, obrigado pela resposta, mas o seu tuíte faz uma ilação desnecessária.”
Em resposta, o Greenpeace divulgou nota dizendo que o ministro mente “para criar uma cortina de fumaça”, que esconda a “incapacidade de Salles em lidar com a situação”.
Óleo pode chegar ao Pará e Espírito Santo
Após atingir nove estados da região Nordeste, Pará (na região Norte) e Espírito Santo (região Sudeste) podem também ser contaminados pelo derramamento de óleo de origem ainda desconhecida.
O governo paraense montou, preventivamente, equipes para monitorar os municípios da costa. O Espírito Santo também já conta com um comitê de emergência ambiental para lidar com a chegada do óleo. Em ambos os estados, foram acionadas as secretarias de Meio Ambiente e a Defesa Civil.
De acordo com a secretaria de Meio Ambiente do Espírito Santo, não é possível determinar a chegada do óleo às praias capixabas, porém o monitoramento é contínuo.
O site Mancha no Litoral, lançado hoje pelo governo federal, agrega notícias e ações relativas às manchas na região afetada. O site mantém um mapa e quais ações o governo tomou nas respectivas localidades.