Vice-presidente do PDT defendeu que os oito parlamentares que desobedeceram orientação da sigla peçam para sair
Um dia após a aprovação em primeiro turno da reforma da Previdência na Câmara dos Deputados, o vice-presidente do Partido Democrático Trabalhista (PDT), Ciro Gomes, afirmou que a deputada Tabata Amaral (SP) lhe decepcionou após votar a favor do texto-base, desobedecendo orientação da sigla de se opor às mudanças. “Não gostaria de particularizar, pois está me dando uma dor de um pai, desgosto de filha, como diz o verso do Djavan. A Tabata é uma menina que eu recrutei, que tem origem na favela, de um grande valor. Não acho que o perdeu, mas o erro que ela cometeu é indesculpável”, lamentou em entrevista ao programa Esfera Pública, da Rádio Guaíba.
“Ela tem 25 anos, está em plena idade de poder errar. Nunca, jamais, minha voz se levantará para constranger um jovem. Mil pessoas me falavam da inclinação, porque o conservadorismo é uma tendência natural. E, infelizmente, ela vota (a favor da reforma) e vota com certa arrogância porque diz que é para ajudar os pobres. É uma tragédia”, completou. Além da jovem paulista, que tem ganhado destaque por seus discursos em prol da educação, outros sete parlamentares da legenda defenderam a proposta. “Se depender de mim, todos que não foram conforme o pensamento do partido devem pedir para sair”, resumiu.