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sábado 23 novembro 2024
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Corte venezuelana ordena prisão do opositor Leopoldo López

Oposicionista se refugiou na embaixada espanhola

Leopoldo López está refugiado na embaixada espanhola

Leopoldo López está refugiado na embaixada espanhola 

Um tribunal venezuelano ordenou a prisão nesta quinta-feira do oposicionista Leopoldo López, que se refugiou na embaixada espanhola após ser libertado por soldados que se revoltaram contra o governo, informou a Suprema Corte de Justiça (SCJ). “O tribunal, em sua decisão, entrega um mandado de prisão ao Serviço Nacional de Inteligência Bolivariano (Sebin) contra o cidadão Leopoldo López”, afirma o SCJ em um comunicado.

Nesta quinta, a casa de López em Caracas foi invadida, denunciou sua esposa, Lilian Tintori. A ação policial aconteceu na terça-feira à noite, de acordo com Tintori. “Entraram em nossa casa, como delinquentes, sem ordem de busca e sem a nossa presença. Destruíram a casa e roubaram nossas coisas”, escreveu no Twitter. “Não sabemos qual era a intenção. Já sabiam que nem Leopoldo, eu, nem meus filhos estávamos em casa”, completou Tintori, que publicou fotografias de livros, documentos e móveis jogados no chão.

Após a rebelião de um grupo de militares que liderou ao lado de Juan Guaidó – presidente do Parlamento reconhecido como presidente encarregado da Venezuela por quase 50 países -, López seguiu com Tintori e um de seus três filhos para a embaixada da Espanha em Caracas, informou o chanceler chileno, Roberto Ampuero. Em um primeiro momento, a família buscou refúgio na embaixada do Chile.

López foi libertado da prisão domiciliar por militares rebeldes na terça-feira e acompanhou Guaidó quando ele anunciou o início da rebelião em um vídeo na base aérea militar de La Carlota. Tintori não explicou sua condição, depois de retornar à residência da família na zona leste da capital venezuelana. “Eu vou arrumar minha casa, porque é o nosso lar (…). Se queriam nos amedrontar, aqui seguiremos de pé, firmes, como todos os venezuelanos”, afirmou.

López, que cumpria desde 2014 uma pena por “incitação à violência” nos protestos que convocou naquele ano contra Maduro e que deixaram 43 mortos, não falou sobre a invasão.

Correio do Povo




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