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sexta-feira 22 novembro 2024
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Alerta sobre jogos virtuais

SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE
COMITÊ ESTADUAL DE PROMOÇÃO DA VIDA E PREVENÇÃO DO SUICÍDIO

Alerta sobre jogos virtuais para os meios de comunicação, familiares e sociedade em geral
O Comitê Estadual de Promoção da Vida e Prevenção do Suicídio alerta para a
circulação em redes sociais de jogos virtuais que constituem potencial ameaça a crianças e
adolescentes, com a vulnerabilidade característica dessas faixas etárias, expondo-as a risco em
relação a condutas auto destrutivas.

O Rio Grande do Sul é o estado que apresenta as mais
altas taxas de suicídio do país, e a frequência entre crianças e adolescentes é preocupante.
A divulgação de informações é reconhecidamente importante para desfazer mitos em
relação ao suicídio, permitindo o reconhecimento de pessoas vulneráveis ou em situação de
risco e, dessa forma, possibilitando medidas de proteção e tratamento adequado e oportuno,
assim como o desencadeamento de ações de prevenção.

O papel da imprensa é fundamental,
entretanto deve ser cercado de cuidado.

O objetivo é evitar, especialmente em crianças e
adolescentes, que a veiculação inapropriada de informações sobre casos de suicídio estimule o
ato em pessoas vulneráveis (efeito “contágio” ou “efeito Werther”).

Da mesma forma, a
veiculação de informações a respeito de jogos virtuais que estimulam ações autodestrutivas
pode despertar a curiosidade da população infanto-juvenil, contribuindo para o aumento de
acessos.

Tais jogos caracterizam-se como uma forma de seduzir jovens, especialmente aqueles
que já se encontram em situação de vulnerabilidade, em busca de auto-afirmação.
Assim, recomenda-se que as matérias jornalísticas elaboradas:

 Evitem divulgar o nome dos jogos;
 Evitem divulgar imagens ou métodos utilizados nestes jogos;
 Prefiram focar na importância de pais e responsáveis por crianças e adolescentes
acompanharem seu acesso às redes virtuais, orientando e limitando o tempo e o tpo
de acesso conforme a faixa etária;
 Promovam discussão a fim de contribuir para a adoção de hábitos saudáveis de
convivência no ambiente virtual;
 Promovam formas de divulgar meios de buscar ajuda quando identificadas situações
de risco.

Orienta-se, ainda, que familiares, escolas e sociedade em geral busquem meios de
impedir a propagação de vídeos e matérias que não sigam as recomendações apresentadas,
além de promover estratégias preventivas que busquem esclarecer aos jovens sobre as
consequências negativas do envolvimento com estes jogos.

Como o comportamento suicida (lesão auto-provocada, ideias de morte, ideação
suicida, plano, tentativa de suicídio e ato consumado) é vivido muitas vezes no silêncio das
famílias, alerta-se para a importância da observação dos seguintes sinais:

 comportamento auto-destrutivo (lesões auto-provocadas, exposição a situação de
risco, uso de drogas);
 isolamento social;
 manifestação de tristeza e de desejo de morte, verbal ou escrita;
 irritabilidade e crises de raiva;
 histórico de suicídio na família;
 tentativa de suicídio prévia;
 participação de desafios autodestrutivos, entre os quais os referidos jogos virtuais, que
tem causado grande mobilização.

Considera-se importante o esforço das famílias para o estreitamento dos laços com os
jovens, dando espaço para escuta e auxílio no enfrentamento dos seus problemas, sempre em
busca do diálogo compreensivo e buscando atendimento, quando necessário, na rede de
saúde.

Referências
Ortz, P., hhin hhin, E. (O018)). Traditonal and new media’s inluence on suicidal behavior and
contagion. Behavioral Sciences & the Law, 36(O), O45–O56.
https://doi.org/10.100O/bsl.O338)
Sinyor, M., Schafer, A., Nishikawa, Y., Redelmeier, D. A., Niederkrotenthaler, T., Sareen, J., …
Pirkis, J. (O018)). The associaton between suicide deaths and putatvely harmful and
protectve factors in media reports. CMAJ: Canadian Medical Associaton Joornal =
Joornal de l’Associaton Medicale Canadienne, 190(30), E900–E907.
https://doi.org/10.1503/cmaj.170698




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