Mandatário venezuelano afirmou que irá “defender a verdade da Venezuela”
Mandatário venezuelano afirmou que irá “defender a verdade da Venezuela” | Foto: Federico Parra / AFP / CP Memória
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, confirmou, no avião a caminho de Nova York, sua participação nesta quarta-feira na Assembleia Geral das Nações Unidas, segundo uma transmissão na televisão do governo. “Eu venho à Assembleia Geral das Nações Unidas para defender a verdade da Venezuela, venho cheio de emoção, paixão, de verdades para que todos saibam que a Venezuela está de pé”, declarou o presidente, junto a sua esposa Cilia Flores, pouco antes de aterrissar.
Nesta quarta-feira, Donald Trump afirmou a jornalistas da ONU que “todas as opções estão sobre a mesa a respeito da Venezuela. As fortes e as menos fortes”, disse Trump à margem da Assembleia Geral da ONU. “E vocês sabem o que quero dizer com forte”, completou, em uma referência tácita a uma possível intervenção militar americana. Trump não descartou a possibilidade de diálogo com o colega venezuelano se Maduro desejae e viajar à Nova York. “Certamente estou aberto a isto. Eu estaria disposto a reunir-me com qualquer pessoa”, respondeu ao ser questionado sobre um possível encontro.
Na última terça-feira, durante discurso na Assembleia Geral da ONU, o presidente dos Estados Unidos fez duras críticas ao regime de Maduro. Trump lamentou o que classificou como “tragédia humana” vivida pela Venezuela, que segundo ele, até poucos anos era “um dos países mais ricos da Terra” e hoje está arruinado pelo socialismo.
Minutos antes das declarações, o governo americano impôs sanções contra apoiadores do presidente Venezuelano, entre eles, a primeira-dama, Cilia Flores. De Caracas, Maduro respondeu às medidas. “Não se metam com Cilia. Não se metam com a minha família. Não sejam covardes! (…) Seu único crime é ser minha esposa. Como não podem com Maduro, vão contra Cilia. E tampouco podem contra Cilia, porque Cilia é uma mulher aguerrida”, respondeu Maduro de Caracas”, rebateu.
O chanceler venezuelano, Jorge Arreaza, acusou o presidente dos Estados Unidos de aproveitar o espaço na ONU para promover a “desestabilização” da Venezuela para fins eleitorais. “Agredir Venezuela, Cuba, é receber votos para ganhar na Flórida, para ganhar no Congresso nas eleições de novembro e para continuar para trabalhando na reeleição”, disse.