Em busca da perfeição.
Ouvindo as notícias sobre o Dr. Bumbum, fiquei mais chocada com o número de mulheres preocupadas com esta parte do corpo, à ponto de inflarem o bumbum com silicone, do que com a picaretagem em si.
Deixando de lado a estética duvidosa, convenhamos que deve ser muito estranho carregar uma “almofadinha” perpétua na bunda.
Mas a pressão da mídia faz com que todas queiram ser iguais a um estereótipo difundido, pela TV.
De preferência, todas devem ser louras, magras, mas com curvas, com uma comissão de frente digna de uma porta bandeira de escola de samba e uma bunda de dançarina de programa de auditório de televisão.
O que aqui no Brasil, convencionou-se chamar de “gostosa”.
A busca do corpo e do rosto perfeito tornou-se uma obsessão para muitas mulheres.
Não basta mais serem jovens e lindas, devem parecer perfeitas e jovens para toda a eternidade. Paralisadas no tempo.
O ideal passou a ser alguém siliconado, com botox e ácidos variados, distribuído pelo corpo inteiro, não importando em transformarem-se em uma caricatura grotesca de si mesmas, alguém que não se reconhece no espelho e que vai lhe assombrar o resto da vida.
Como se a beleza não estivesse na diversidade.
Se fôssemos todas igualmente perfeitas, o mundo seria de uma monotonia abissal.
Estamos ignorando um fato importantíssimo: nem todo mundo gosta da mesma coisa!
A diversidade existe para satisfazer os mais variados gostos.
Sem contar que um corpo perfeito, mas com uma cabeça oca, só serve para brincar e exibir.
Neste mundo de empoderamento feminino, uma expressão que, diga-se passagem não gosto, me parece um absurdo as mulheres sucumbirem desta maneira.
Sou da opinião, que os outros só vão te achar especial se tu fores a primeira a achar isso.
E ser especial não significa ser perfeita!
Viviane M Foresti