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segunda-feira 25 novembro 2024
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Dólar cai 5,35% e fecha cotado em R$ 3,70

Recuo foi o maior desde novembro de 2008

Queda é uma reação à oferta adicional de US$ 20 bilhões ao mercado pelo Banco Central | Foto: Ricardo Giusti

Queda é uma reação à oferta adicional de US$ 20 bilhões ao mercado pelo Banco Central | Foto: Ricardo Giusti

Depois de escalar a R$ 3,96 e fechar cotado a R$ 3,92 na quinta-feira, o dólar fechou o pregão desta sexta-feira, em forte queda, de 5,35%, cotado a R$ 3,70. O recuo foi o maior desde o dia 24 de novembro de 2008, quando o dólar caiu 5,52% em um único dia. O movimento é uma reação à oferta adicional de US$ 20 bilhões ao mercado pelo Banco Central (BC) e também à firme disposição da autoridade monetária de conter a volatilidade no mercado, que nesta ontem fechou na maior cotação em mais de dois anos. A Bolsa seguiu em desvalorização e fechou em baixa de 1,23%, aos 72.942,07 pontos.

Pressionado com a turbulência dessa quinta, o presidente do BC, Ilan Goldfajn anunciou em entrevista que ofereceria R$ 20 bilhões ao mercado e, se necessário, poderia até recorrer às reservas cambiais – embora tenha descartado elevar juros para conter o câmbio.

Imediatamente após o anúncio de leilão hoje de 60 mil contratos de swap cambial, uma forte variação de queda no mercado futuro fez a B3 colocar em leilão o contrato para julho do dólar. Ao oscilar dos R$ 3,832 para R$ 3,809, o contrato entrou em leilão às 10h10 e voltou a ser negociado normalmente por volta das 10h13. Às 12,10, o dólar à vista operava a R$ 3,7756.

Entenda a alta do dólar

O movimento contraria o fortalecimento global da divisa americana tanto em relação a moedas de economias desenvolvidas (exceto o iene japonês) quanto em comparação às emergentes, o que poderá vir a gerar pressão de alta da divisa dos EUA ante o real. A valorização vista globalmente antecede uma série de eventos importantes, que a reunião do G-7 hoje e amanhã, as reuniões de política monetária do Fed e do BCE na próxima semana e também o aguardado encontro entre o presidente dos EUA, Donald Trump, e o líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, em Cingapura.

Correio do Povo




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