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sábado 23 novembro 2024
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E as palavras – Marcelo Etiene

E as palavras

Ah, que bom que elas traduzem tantas coisas que sentimos.

E por assim, dizer, nos aproximam.

Há quem as use para se esconder, ou pessoas que as usam para traduzir.

Seu uso é ilimitado, tendo como barreira a capacidade de inventá-las, fazendo da linguagem um elemento vivo, que pode ser modificado, transformado…

Talvez a palavra de ordem seja essa:

Transformação.

A mesma que começa com um sentimento e termina verbalizado, escrito e lido como algo que estabelece uma relação direta com o íntimo e se revela por meio de frases.

Ah, essas tais palavras!

E de tal modo nos alegram que nos tornam ávidos por elas.

Queremos que elas nos indiquem algo, denunciem algum tipo de pormenor que ainda esteja oculto por trás do silêncio – ausência de palavras.

É preciso que haja muitas palavras para se definir situações, mas, curiosamente, basta uma para se definir um sentimento.

Precisamos de muitas palavras para explicações inúteis, ao passo que um “me desculpe, por favor” seria o suficiente.

Pessoas viciam em usar as palavras, abusando do seu real valor.

E nada comunicam, criando diálogos infinitos.

Outras são extremamente econômicas com suas palavras, ora por serem reservadas, ora por serem alheias.

Eu prefiro as primeiras palavras que ouvimos das crianças, as que lemos nos primeiros romances ou mesmo as que jamais esqueceremos nas letras de canções.

E se existem palavras para definir o que sente agora, expresse-as.

Use-as.

Elas estarão com você sempre. São de graça e não se desgastam se não forem usadas de maneira banal.

Boas frases

Bom dia,

Marcelo Etiene




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