Acredite
Certas situações nos fazem sempre pensar de forma comparativa.
É algo inevitável.
Comparar é mensurar.
Comparar é estabelecer uma relação clara de valores e de graus, necessária para que tenhamos uma avaliação precisa, ou pelo menos, próxima de um resultado ideal.
Mas o que pode e o que não pode ser comparado?
Acredito que a pergunta não deva ser essa, mas sim, o que é válido ou não comparar. Há um sem-número de elementos em uma situação, por exemplo, que tornará a comparação nula quanto aos resultados.
Não se descarta a validade disso para elementos concretos.
Para se obter um empréstimo, comprar um veículo, alugar um apartamento, sempre poderemos ter dados específicos e extremamente válidos para comparar.
Daí seria até mesmo imprudente não o fazer.
Como comparar pessoas?
Não podemos.
Generalizar só estabelece um padrão: o de rejeição.
Se você valoriza uma pessoa, comparativamente à outra, despreza suas qualidades. Fazer disso um elemento positivo é impossível.
Podemos estabelecer critérios de afinidade e levar em conta também o carisma e a empatia.
Não devemos ligar em nós os “alertas” que poderão penalizar alguém por algo que estabeleceu esses critérios, por sentimentos que fizeram surgir essas defesas.
Pistantrofobia é a nomenclatura utilizada por psicólogos e estudiosos para definir os medos irracionais ou as fobias de confiar em outras pessoas, após traumas e experiências ruins. Cerca de 99% das pessoas que estão em relacionamentos passam por esse fenômeno.
Mas é preciso entender que as “armadilhas” que pegam os lobos ferozes podem ferir os cães mais fieis.
Desarme as armadilhas aos poucos.
Dê passos curtos e baseados não em comparações externas, mas na capacidade de avaliar a evolução de cada indivíduo.
Faça esse caminho com tranquilidade e não haverá mais nomes estranhos como Pistantrofobia, ou qualquer outra fobia em sua vida.
Boa Sexta
Marcelo Etiene