Nonno e a ida do Homem à Lua
No dia 20 de julho de 1969 , um domingo, dois americanos pisaram pela primeira vez na Lua, o comandante Neil Armstrong e Edwin Aldrin.
Este fato histórico para toda uma geração, gerou muita expectativa para os que acreditavam ser possível e descrença nos que achavam que tudo não passava de um golpe dos americanos nos soviéticos.
Mas na minha pacata cidade natal onde a televisão recém havia chegado as famílias se reuniram em frente aos imensos caixotes que eram as televisões em preto e branco para assistir boquiabertas a este feito.
Em nossa casa havia o Nonno um expectador passional, que se emocionava e ia às lágrimas tanto com uma valsa, quanto com suas netas martelando o piano, porém desde que a ida a Lua tinha sido anunciada seu assunto focou-se na tecnologia da construção do foguete e na possibilidade de conquistar o Universo.
Sem falar dos marcianos como chamávamos os possíveis extraterrestres e das abduções como a ocorrida com um Sarandiense o Sr. Artur Berlet que jurava ter sido levado por um disco voador para o “planeta Acart” quando ficou desaparecido por 8 dias e deixou a cidade em polvorosa.
Fato que levou muita gente a procurar ovnis nos campos perto do Patronato , durante a noite e madrugada adentro.
Um “ femômeno” segundo Nonno.
No dia D ele sentou-se em frente a TV horas antes de começar a transmissão e quando finalmente essa começou e ele conseguiu ver a Apollo 11 “alunizar” em meio ao chuvisco que era nossa imagem e Neil Armstrong botar o pé no solo lunar e dar uns passos desengonçados por causa da imensa roupa e da diferença da gravidade, não conteve a emoção, se encheu de lágrimas e soltou um “cramento Dio existe”.
Confesso que foi uma emoção para todos nós.
Chegar até lua sempre tinha sido uma utopia e agora estávamos lá e ela não era feita de queijo!
Viviane M Foresti