A nossa felicidade também está no outro
Um dia em que não estamos tão animados, desconfiando de nossas atitudes, boas ou ruins, e ainda assim, não conseguindo chegar à uma conclusão sobre o tom certo do equilíbrio.
Sabemos que excessiva bondade não é considerado como uma atitude ponderável nos dias de hoje.
Não se pode fazer o bem constantemente, pois algumas pessoas vêem nisso um tipo de demagogia.
Pobre maldade que resiste na cabeça de quem hesita em distribuir o que há de melhor em si.
O equilíbrio que buscamos pode estar justamente em aprender como nos apoiarmos naquilo que não é nosso e nem depende de nós.
É ter a certeza de que isso não nos tornará dependentes, mas irá acrescentar naquilo de que temos a convicção de sermos.
A felicidade pode estar numa brincadeira que nos fazem para que sorríamos, desavisadamente do motivo pelo qual estamos com a cara amarrada. Pode estar num aperto de mãos, num abraço, numa palavra que nos dedicam elogiosamente.
A felicidade pode estar em ver uma criança em seu primeiro dia de aula de balé ou de escolinha de futebol.
A nossa felicidade também está no outro, como está em todo lugar.
Olhe com carinho e com essa tal excessiva bondade da qual tantos falam mal, afinal, a felicidade é melhor vista com o coração.
Marcelo Etiene