Nicolás Maduro, o presidente da Venezuela,assegurou nesta segunda-feira (16) que a pobreza extrema no país se manteve em 4,4% em 2017, assim como em 2016, enquanto a taxa de desemprego caiu para 6%. Em 2016, esse índice fechou em 7,5%, de acordo com dados oficiais.
“Seguimos mantendo os índices de diminuição da pobreza e da pobreza extrema, disse o governante venezuelano durante a apresentação do seu balanço de gestão, em discurso transmitido em rede obrigatória de rádio e televisão.
Além disso, ele afirmou que a taxa de desemprego caiu para 6 pontos e garantiu que seu governo está “perto do emprego total” no país, apesar da crise econômica.
Maduro disse ainda que diminuir os índices de pobreza “custa muito”, uma vez que a “guerra econômica” – uma teoria por meio da qual seu governo culpa opositores e empresários pela crise do país – procura “afetar os humildes, afetar os pobres, aumentar a lacuna da pobreza”.
“Mas com todas essas políticas de proteção e previdência social conseguimos defender as conquistas e continuar avançando nesses índices para reduzir a miséria e a pobreza no nosso país”, acrescentou.
O governo venezuelano tinha fixado como meta para 2017 diminuir a taxa de desemprego para 4,5% e a da miséria para 4%.
Maduro ressaltou como um “recorde mundial” o percentual de investimento social feito pelo governo no ano passado, que assegurou ter sido de 74,1%.
“É um recorde mundial, acredito que é o único país do mundo que, por razão da revolução socialista, alcançou a distribuição da riqueza em nível tão alto”. Segundo ele, isso inclui investimentos em “saúde, emprego, pensões, moradia, cultura, lazer” e outras áreas.
Ao final de 2015, o Instituto Nacional de Estatísticas (INE) informou que 33,1% dos venezuelanos estavam no patamar de “pobreza geral”.
Nos últimos três anos, o país registrou uma crise econômica caracterizada pela escassez de alimentos e remédios, enquanto a inflação fechou 2017 em 2.616%, segundo dados do Parlamento, controlado pela oposição a Maduro.