Anúncio foi feito neste sábado pela Presidente da Assembléia Constituinte, Delcy Rodriguez
Anúncio foi feito neste sábado pela Presidente da Assembléia Constituinte, Delcy Rodriguez | Foto: Federico Parra / AFP / CP
A decisão responde a pronunciamentos feitos contra decretos recentes da Constituinte, um dos quais obrigará os três partidos opositores que não disputaram as eleições municipais de 10 de dezembro a se reinscreverem para participar das presidenciais de 2018. Na sexta-feira, a embaixada do Canadá em Caracas escreveu em sua conta no Twitter que esse decreto “é mais uma ameaça a direitos dos venezuelanos de eleger livremente seus líderes, inclusive seu próximo presidente”. O Brasil, que entregou na sexta-feira a presidência do Mercosul ao Paraguai, exigiu da Venezuela – suspensa do bloco – respeito aos direitos humanos. O presidente Temer reforçou que o bloco voltará a acolher a Venezuela, quando a “democracia” voltar.
As relações diplomáticas entre Brasil e Venezuela foram congeladas em agosto de 2016, como consequência das críticas de Caracas ao impeachment que destitui a presidente Dilma Rousseff (2011-2016) e levou Temer ao poder. “Depois do golpe de Estado no Brasil, aprovou-se no Congresso uma cláusula de barreira que evitaria que partidos minoritários possam ter algum tipo de participação política”, prosseguiu Rodríguez, ao justificar sua decisão.
As relações com o Canadá se encontram em um momento de muita tensão, sobretudo, depois que o país norte-americano impôs em novembro sanções contra 52 altos funcionários e militares de Venezuela, Rússia e Sudão do Sul por supostas violações de direitos humanos e por corrupção. O Ministério venezuelano das Relações Exteriores tramitará o processo de declaração de “persona non grata”, garantiu Rodríguez, sem detalhar se os diplomatas devem deixar o país em um período determinado.