“Peço que, ao menos os policiais, leiam na íntegra.
Todos aqueles que são policiais, ou parentes de policiais, ou que têm uma capacidade mínima de perceber a real situação dos outros sabem a difícil realidade de DESRESPEITO que nós, guerreiros anônimos, enfrentamos todos os dias…
Os policiais civis têm, garantido por lei, o livre acesso a casas de espetáculo e diversão sujeitas à fiscalização pública.
Tal fato não ocorre por se tratar de uma categoria privilegiada mas, sim, porque nós estamos 24h obrigados por lei (vide nosso estatuto) a agir quando necessário e, também, porque estamos investigando a todo instante… Quantos e quantos bons serviços já levantamos em nossa folga?
Enfim… SEMPRE encontramos dificuldade em exercer esse nosso DIREITO e tal fato ocorre, tão somente, por não temos NENHUM apoio…
Críticas de lado, eu estou em New York City, NÃO ESTOU DE SERVIÇO e MUITO MENOS NO BRASIL.
Fui ao Rockfeller Center com fito de revisitar o ” Top of the Rock”, um observatório no topo do prédio onde é possível ver toda a cidade.
Eu estava tranquilamente esperando para comprar meu ingresso para o dia seguinte (pois já estava esgotado para o dia 30) e, quando cheguei no caixa, saquei minha carteira, que também é meu “porta funcional” para pegar o dinheiro.
Assim que o funcionário da bilheteria viu o brasão da POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DO CEARÁ, seguiu-se este diálogo:
Ele: O senhor é policial?
Eu: Sim, mas não aqui. Sou policial no Brasil.
Ele: Não importa. Quem ARRISCA A VIDA pelos outros é um HERÓI não importa onde esteja. Nós não aceitamos dinheiro de policiais. Eu vou te dar um ingresso de CONVIDADO.
Eu: MUITO obrigado.
Ele: Não. MUITO OBRIGADO.
…
Cara, é ridículo! Eu me emocionei… Ter de sair do seu país para que alguém lhe dê RECONHECIMENTO é lamentável.
Fica o desabafo…