A distância
Qual é a distância tolerável?
Hoje vivemos à distância e simulamos as emoções que pensamos sentir.
Parafraseando o agora saudoso Belchior:
“A virtualidade tirou de nós o sabor do beijo, o calor do abraço e o vigor da voz.
Para tudo agora temos as redes sociais.
Você me pergunta pela minha paixão… mas que paixão?
Estamos todos encantados por uma nova (nem tão nova) invenção…
Agora só existe cidade, não existe mais o sertão; eu vejo tudo na ferida viva da tela do meu telefone…
Já faz tempo eu não vejo mais ninguém na rua, nem cabelos ao vento e nem gente jovem reunida.
Nas cadeiras vazias da sala de estar, esse vazio é o quadro que dói mais. E a minha dor é de saber que fomos nós que fizemos tudo isso, para sermos mais espertos e modernos que os nossos pais”.
“Nossos ídolos estão no iTunes e as aparências invadem o instagram. Se eu falo de algum deles você diz que não conhece ninguém”.
“Você pode até achar que eu estou por fora e que eu vivo no passado e que não vi que o futuro sempre vem…”
Boa sexta feira
Marcelo Etiene