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segunda-feira 25 novembro 2024
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Em conversa com aliados, Lula diz que será candidato em 2018

PT tem alas que veem com simpatia apoiar Ciro Gomes, caso ex-presidente não possa concorrer

Em conversa com aliados, Lula diz que será candidato em 2018 | Foto: José Cruz / Agência Brasil / CP

Em conversa com aliados, Lula diz que será candidato em 2018 | Foto: José Cruz / Agência Brasil / CP

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva avalia que a Lava Jato causará impacto em “todos os partidos” e diz agora que o que chama de “exageros” da força-tarefa, somados ao desemprego e à crise econômica, tendem a produzir um movimento “queremista” por sua volta ao poder.

Pela primeira vez desde que virou réu da Lava Jato, Lula começou a chamar aliados para detalhar seus planos e admitir a intenção de disputar o Palácio do Planalto, tendo o comando do PT como ponto de apoio para ganhar mais visibilidade.

“Para vocês posso dizer: eu serei candidato à Presidência da República”, afirmou ele à deputada Luciana Santos (PE), que comanda o PCdoB, e também a Orlando Silva (SP). A conversa ocorreu na última segunda, em São Paulo.

Lula já encomendou ao ex-ministro da Fazenda Nelson Barbosa, a Luiz Gonzaga Belluzzo e a professores da USP, como Laura Carvalho, propostas para a confecção de um programa econômico. O mote de sua plataforma será o estímulo ao consumo “com responsabilidade fiscal”.

Mesmo o tradicional aliado PCdoB, porém, já faz previsões para se descolar do PT, lançando o governador do Maranhão, Flávio Dino, à sucessão do presidente Michel Temer.

Os petistas não têm Plano B para o caso de Lula ser impedido de disputar a Presidência, se for condenado na Justiça em segunda instância e virar “ficha suja”. Atualmente, o ex-presidente é alvo de cinco ações penais, sendo três no âmbito da Lava Jato, mas, mesmo assim, lidera as pesquisas de intenção de voto.

À beira de um racha, o PT tem alas que veem com simpatia o aval a Ciro Gomes (PDT), caso Lula não possa concorrer. A adesão a Ciro, porém, ocorreria somente em último caso. O grupo que defende essa alternativa quer uma “operação casada”, na qual o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad seria candidato a vice. A hipótese nem de longe tem a maioria do partido.

Correio do Povo




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