Sindicato quer que benefício suba de R$ 1.103 para R$ 1.219
Governo não vai enviar à Assembleia índice que trabalhadores pedem para mínimo regional | Foto: Mauro Schaefer / CP Memória
O vice-governador José Paulo Cairoli disse nesta quarta-feira que em tempos de crise econômica e desemprego, vai ser impossível enviar à Assembleia Legislativa um índice de reajuste para o salário mínimo regional que agrade os trabalhadores. Os representantes dos sindicatos querem que o benefício suba 10,45%, fazendo a menor das cinco faixas subir de R$ 1.103 para R$ 1.219.
Apesar de o setor patronal não ter apresentado nenhum percentual de aumento salarial até o momento, Cairoli disse que um valor consensual precisa ser atingido até a próxima semana. “Os trabalhadores sempre querem o dobro da inflação, mas teremos de enviar um índice que seja mais próximo da realidade. Como poder público, precisamos dar equilíbrio a essas duas forças”, destacou.
Os titulares das secretarias do Planejamento, Desenvolvimento Econômico e Trabalho vão se reunir na próxima semana para definir, em conjunto, um índice a ser apresentado ao Palácio Piratini. O prazo-limite, segundo o titular do Trabalho, Ayres Apolinário, é 31 de janeiro. Na semana passada, a comissão que discute o tema, desde o ano passado, se reuniu com o empresariado.
O pedido das centrais supera a inflação porque, em 2016, o governo autorizou 9,6% de reajuste no piso, enquanto o INPC variou 11,3%. Com isso, os sindicatos querem recuperar a perda, além de receber um aumento de 8,8% – média do que, segundo o Dieese, as categorias obtiveram em negociações coletivas junto ao empresariado, em 2016. De acordo com presidente da CTB, Guiomar Vidor, o mínimo regional contempla hoje cerca de 1,3 milhão de trabalhadores sem um sindicato específico para fazer essa negociação.
Correio do Povo
