Show em homenagem ao músico será realizado no dia 26 de janeiro, no Auditório Araújo Vianna
Evento vai reunir pela primeira vez, depois de 20 anos, a banda Word, Sound and Power | Foto: Peter Tosh Celebration / Divulgação / CP
Em 2017, ano em que se completam 30 anos da morte do jamaicano Peter Tosh, Porto Alegre recebe uma grande homenagem ao artista, mais conhecido pela parceria com Bob Marley e Bunny Wailer na banda The Wailers, que liderou o caminho no expressionismo por meio do reggae. A “Peter Tosh Celebration – Legalize Tour” chega à cidade no dia 26 de janeiro para única apresentação no Auditório Araújo Vianna (Osvaldo Aranha, 685), às 21h. Os ingresso custam entre R$ 100 e R$ 280 e podem ser comprados pelo site.
O show terá Andrew Tosh nos vocais, interpretando as canções que ficaram famosas na voz de seu pai, e reunirá pela primeira vez, depois de 20 anos, a banda Word, Sound and Power, formada em 1976 para tocar com Peter Tosh após ele sair do The Wailers. O grupo subirá ao palco com os ícones de sua formação original Carlton “Santa” Davis, Donald “Big Daddy” Kinsey, Keith Sterling e o lendário baixista George “Fully” Fullwood, além do guitarrista convidado Albert “Tony” Chin.
A lenda jamaicana:
Batizado Winston Hubert McIntosh e nascido em Westmoreland em 19 de outubro de 1944, Peter Tosh cresceu na favela de Trenchtown, em Kingston, capital da Jamaica, O jovem começou a cantar e a tocar guitarra bem cedo, inspirado pelas estações americanas que ele conseguia sintonizar em seu rádio. No começo dos anos 1960, conheceu Bob Marley e Bunny Livingston, com quem formou o grupo Wailing Wailers. Em 1966, os três se envolveram com a religião Rastafari, mudando o nome da banda para The Wailers, e lançando grandes álbuns como “Catch a Fire”, em 1972, e “Burnin’”, em 1973.
Em 1974, após um desentendimento com a gravadora, Tosh deixou o grupo, lançando, dois anos depois, seu primeiro disco solo, “Legalize It”, cuja faixa-título rapidamente se transformou em um hino do movimento pró-maconha e no maior single vendido na ilha caribenha. Um ano depois, foi a vez do álbum “Equal Rights” manter seu ponto de vista militante. No final dos anos 70, lançou também os discos “Bush Doctor” e “Mystic Man” e, em 1981, “Wanted”. Em 1983, ele entrou num autoimposto exílio, procurando auxílio espiritual de curandeiros africanos enquanto tentava se livrar de um contrato de distribuição de seus discos na África do Sul.
Em 1987, a carreira de Tosh parecia estar voltando a fazer sucesso; naquele ano, recebeu um Grammy por Melhor Performance de Reggae, pelo álbum “No Nuclear War”. No entanto, no dia 11 de setembro, logo após ele retornar à Jamaica, uma gangue de três homens invadiu sua casa exigindo dinheiro, mas ele disse que não tinha. Com a chegada de amigos para parabenizá-lo pela conquista, os bandidos ficaram nervosos e atiraram, matando Tosh e os DJs Doc Brown e Jeff “Free I” Dixon.
Correio do Povo