Categoria também protesta contra parcelamentos dos vencimentos
Policiais civis do Rio Grande do Sul fazem 24 horas de paralisação | Foto: Mauren Xavier / Especial / CP
A Ugeirm Sindicato convocou os policiais civis à suspenderem nesta sexta-feira as atividades por 24 horas em apoio ao Dia Nacional de Greves e Paralisações contra a retirada de direitos trabalhistas e previdenciários proposta pelo governo federal.
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A mobilização serve ainda como mais um protesto contra o parcelamento dos vencimentos determinado pelo governo estadual. A entidade lembrou que já são “dez meses consecutivos de parcelamento, sendo que, em outubro, os servidores receberam no fim do mês a quantia absurda de R$ 750,00”.
Em recente decisão, observou a Ugeirm Sindicato, o Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou o desconto dos dias parados dos servidores públicos que realizarem greve. Na decisão, porém, o STF destacou que nos casos de atraso de salários, a greve é legal, não sendo permitido o desconto dos dias parados.
Em todo o Rio Grande do Sul ocorre a mobilização em peso dos policiais civis. Em Porto Alegre, a Ugeirm Sindicato montou um acampamento em frente à 3ª Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (3ª DPPA), na rua Comendador Tavares, no bairro Navegantes. O vice-presidente da entidade, Fábio Castro, explicou que a escolha do local deve-se ao fato da 3ªDPPA concentrar nos últimos tempos um grande número de casos de presos mantidos dentro de viaturas da Brigada Militar por falta de vagas no sistema prisional. Sobre o uso emergencial de contêineres para abrigar os detidos, o dirigente entende que nem policiais civis e militares devem ser os responsáveis pela guarda.
Fábio Castro disse ainda que a orientação repassada à categoria durante a paralisação é de que somente casos emergenciais ou urgentes sejam atendidos. Eventualmente, observou, pode ocorrer alguma operação policial imprescindível no contexto da investigação. Segundo ele, trata-se de uma questão de bom senso nesses casos.
Correio do Povo