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domingo 24 novembro 2024
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Conselho de Ética da Câmara deve instalar processo contra Cunha nesta terça

(Foto: ABr)
O processo para apurar suposta quebra de decoro parlamentar do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), deve ser instalado pelo Conselho de Ética da Casa nesta terça-feira (3).
O pedido foi feito por parlamentares do Psol e da Rede, sob alegação de que o deputado mentiu, em depoimento à CPI da Petrobras, ao dizer que não tinha dinheiro em contas no exterior.
Meses depois, documentos enviados pelo Ministério Público da Suíça ao Brasil mostram a existência de contas de Cunha naquele país.
Se iniciado o processo nesta terça, haverá a escolha, por sorteio, de três nomes de possíveis relatores. A escolha final será do presidente do conselho, deputado José Carlos Araújo (PSD-BA).
Deputados que forem do mesmo partido ou estado de Cunha (PMDB-RJ) e os signatários da representação ficarão de fora do sorteio.
O processo pode resultar em censura verbal ou escrita até cassação de mandato.
Ato contra Cunha
Uma manifestação contra o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB/RJ), foi realizada na segunda-feira (2), em Brasília, em frente a casa do parlamentar. O ato teve a participação de integrantes do coletivo de juventude do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) no DF e do Levante Popular da Juventude.
Segundo os manifestantes, o protesto teve como objetivo denunciar as ações do presidente da Câmara. Eles dizem que Cunha é investigado por corrupção, tem colocado em pauta projetos conservadores e que retiram direitos de minoras e dos trabalhadores, alguns de autoria do próprio Cunha. Os manifestantes pedem a saída do deputado da presidência da Casa.
Os participantes calculam que aproximadamente de 300 pessoas estiveram na manifestação. Já a Polícia Militar do Distrito Federal estimo que o número de participantes esteve entre 200 e 250 pessoas.
Os manifestantes criticaram projetos de autoria de Cunha. Entre eles até o Projeto de Lei 5.069/2013, que tem o deputado como um dos autores, e que foi aprovado no último dia 21 pela pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que criminaliza o “induzimento, instigação ou auxílio ao aborto”.



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