Presidente americano classificou o ataque como um “ato de terror e de ódio”
Foto: Alex Wong / AFP / CP
Autoridades norte-americanas e de outros países expressaram indignação ante o massacre em uma boate gay em Orlando, na Flórida, que deixou 50 mortos e 53 feridos. O presidente Barack Obama falou classificou o ataque como um “ato de terror e de ódio”. Os três pré-candidatos à Presidência dos Estados Unidos, Hillary Clinton e Bernie Sanders, pelos democratas, e Donald Trump, do Partido Republicano, também se manifestaram.
Obama disse que o massacre é o maior da história norte-americana e que o FBI (a polícia federal dos EUA) está investigando o ataque como “ato de terrorismo”. “Uma boate é um lugar de solidariedade e empoderamento. A tragédia de hoje nos lembra ainda o quão fácil é adquirir armas na América”, acrescentou o presidente norte-americano, em um pronunciamento à nação.
O governador da Flórida, o republicano Rick Scott, disse estar com o “coração partido” com o ataque. “Este é claramente um ato de terrorismo. É revoltante. Isso faz com que cada americano fique triste hoje”, disse, exaltando também o trabalho dos profissionais da polícia e dos bombeiros que trabalharam para socorrer as vítimas.
Uma linha de investigação suspeita que o autor do massacre, o descendente de afegãos Omar Mateen, teria agido por motivação religiosa. O pai do rapaz, Mir Seddique, refutou esta tese e disse acreditar em homofobia. Ele contou que uma vez o seu filho ficou furioso quando viu dois homens se beijando em Miami, há alguns meses.
O coordenador regional da Flórida do Conselho de Relações Islâmico-Americanas, Rasha Mubarak, ofereceu os pêsames às famílias. “A comunidade muçulmana se une aos nossos colegasamericanos no repúdio a este terrível ato de violência”, afirmou.
O bilionário republicano Donald Trump, que já sugeriu a expulsão de muçulmanos caso seja eleito presidente dos EUA, disse estar orando pelas vítimas e suas famílias. Pelo Twitter, ele pediu ainda “tenacidade e vigilância” contra o terrorismo radical islâmico.
Do lado democrata, as reações foram menos polêmicas. À rede de TV NBC, o senador Bernie Sanders disse esperar que todos os familiares do tiroteio possam se recuperar. No Twitter, a ex-secretária de Estado Hillary Clinton disse que seus pensamentos “estão com as pessoas afetadas por este ato horrível”.
O ataque também provocou reações de autoridades ao redor do planeta. O papa Francisco disse ter “o mais profundo sentimento de horror e condenação”. O pontífice denunciou ainda “a loucura homicida e o ódio sem sentido” e disse que se une às famílias das vítimas em uma corrente de “oração e compaixão”.
O primeiro-ministro da Itália, Matteo Renzi, disse que “o coração dos italianos está com os nossos irmãos norte-americanos”. Por meio de um comunicado, o presidente da França, François Hollande, expressou “todo o suporte da França e das autoridades do país com as vítimas e familiares do massacre”
Correio do Povo