IPCA fechou mês em 0,44%, aponta IBGE
Foto: Marcello Casal Jr / Agência Brasil / CP
Produtos importantes para a alimentação do brasileiro, como a batata-inglesa e o feijão carioca, estão entre os itens que mais contribuíram para o recuo da inflação oficial de 0,52% em julho para 0,44% em agosto. A batata-inglesa, por exemplo, teve queda de preços de 8% de um mês para outro, enquanto o feijão carioca ficou 5,6% mais barato no período.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial, registrou taxas de 5,42% em 2016 e de 8,97% em 12 meses, conforme levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgado nesta sexta-feira.
Outros produtos alimentícios também tiveram queda de preços entre julho e agosto: cebola (-18,46%), hortaliças (-8,81%), carnes (-0,86%) e pescado (-0,61%), entre outros. No mês, os alimentos tiveram aumento de preços médio de 0,3%, bem abaixo do 1,32% de julho.
Apesar disso, os alimentos ainda exercem uma forte pressão na taxa anual da inflação, que acumulou alta de 8,97% em agosto. O feijão carioca, por exemplo, teve aumento de 160,25% em 12 meses, sendo 136,57% apenas neste ano.
Outro item, a batata-inglesa acumula alta de 43,24% em 12 meses e 13,39% no ano.
Entre os produtos não-alimentícios, as principais altas de agosto foram em hotel (11,58%), TV, som e informática (1,3%), cursos diversos (1,14%), manicure (1,14%) e plano de saúde (1,07%). Já as principais quedas de preços ficaram com as passagens aéreas (-3,85%).
A Bandida da banana
Conjunto de 13 alimentos essenciais custou R$ 468,78, aponta Dieese
Foto: Eugênio Bortolon / Especial CP memória
A banana foi a vilã da cesta básica de Porto Alegre em agosto com alta de 8,60%. O conjunto de gêneros alimentícios teve alta de 1,19% e o valor saltou de R$ 468,78 em julho para os atuais R$ 474,34, conforme pesquisa divulgada na manhã desta sexta-feira pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socieconômicos (Dieese).
• Batata e feijão contribuem para recuo da inflação em agosto
• Puxada pelo feijão, cesta básica de Porto Alegre é segunda mais cara do País
• Puxada pelo leite, cesta básica de Porto Alegre tem alta de 4,68% em junho
Dos 13 produtos, oito subiram. Além da banana, o tomate, com 7,07%, a manteiga, com 4,01%, o açúcar, com 2,40%, o feijão, com 1,54%, o café, com 1,11%, e a farinha, com 0,55%, sofreram aumentos. Cinco itens tiveram redução de valor: a batata, com -5,70%, o leite, com -4,15%, o óleo de soja, com -3,15%, o pão, com -0,59%, e a carne, com -0,40%.
No acumulado do ano, a cesta teve um acréscimo de 11,77% em agosto. Doze produtos tiveram o valor aumentado: leite, com 88,73%, e no feijão, com 69,67%. No último mês, o conjunto de produtos alimentícios representou 58,59% do salário mínimo líquido, contra 57,90% em julho de 2016.
O trabalhador com rendimento de um salário mínimo necessitou, em agosto, cumprir uma jornada de 118 horas e 35min para adquirir os bens alimentícios básicos. Essa jornada foi maior do que a registrada em julho (117h 12 min).
Com o valor de R$ 474,34 em agosto, a cesta de Porto Alegre é a segunda mais cara do Brasil, perdendo apenas para São Paulo com uma diferença de R$ 0,77. A maior alta foi registrada em Florianópolis com variação de 3,16%. Entre as 18 das 27 pesquisadas pelo Dieese, Goiânia teve a maior redução de preços, com -3,15%.
Correio do Povo