Secretário da Fazenda projetou estabilidade na economia gaúcha no final do primeiro semestre de 2017
Dívida do RS com União cai para R$ 50 milhões mensais, diz Feltes | Foto: Samuel Maciel / CP Memória
A Câmara dos Deputados aprovou na madrugada desta quarta-feira o texto principal do projeto de renegociação da dívida dos estados com a União e o secretário estadual da Fazenda, Giovani Feltes, destacou que o Rio Grande do Sul é um dos beneficiados com as alterações feitas em relação à proposta original. Agora, o governo gaúcho poderá arcar com as despesas, já que houve uma diminuição considerável da parcela.
“O projeto original foi bastante alterado e agora com benefícios maiores para todos. Tivemos um alívio significativo do ponto de vista do pagamento da dívida da parcela mensal e podemos estender isso para os próximos governos. O valor ficou algo entre R$ 40 milhões e R$ 50 milhões. Dessa forma, com a diminuição do comprometimento da receita líquida, que está em 13%, poderemos projetar uma redução até 8%, o que é um fôlego interessante”, explicou Feltes em entrevista à Rádio Guaíba.
Feltes comentou que as contrapartidas exigidas dos Estados no projeto elaborado pelo governo de Dilma Rousseff eram bem mais duras. “No projeto original, as exigências eram mais agudas e os deputados trabalharam fortemente neste sentido. Além disso, diversos estados estavam negociando. Nós, em particular, tínhamos profissionais da Fazenda acompanhando tudo. O alívio, embora não seja decisivo para a nossa situação emergencial, é bom”, acrescentou.
De acordo com Feltes, de uma parcela mensal de R$ 275 milhões, o Estado terá que arcar com uma nova mensalidade de R$ 225 milhões.
Estabilidade gaúcha em 2017
Questionado sobre o pagamento do funcionalismo público e uma possível estabilidade da economia gaúcha a partir da renegociação da dívida, Feltes disse que o Rio Grande do Sul pode alcançar uma situação próxima do ideal já no ano que vem. “O Estado irá depositar R$ 1,5 mil e, mesmo aumentando a carga tributária, quando projetávamos resolver um terço dos nossos problemas, não conseguimos fazê-lo porque a recessão quebrou as nossas pernas. A nossa estabilidade depende da economia, que agora nos puxou para baixo. Mas eu acredito que no final do primeiro semestre de 2017 poderemos estar estáveis e aí sim, com equilíbrio e ajuste fiscal, vamos começar a investir mais no Rio Grande do Sul”, disse.
Correio do Povo