Ex-secretária de Estado foi confirmada pelos democratas em convenção nesta terça-feira
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A democrata Hillary Clinton aceitou a escolha do partido, nesta terça-feira, para concorrer à presidência dos Estados Unidos. Em 240 anos, ela será a primeira mulher concorrendo à Casa Branca por um dos dois grandes partidos. Seu companheiro de chapa é o senador Tim Kaine. O dia de consagração dentro da silga, contudo, também foi de seu marido, o ex-presidente Bill Clinton, se empanhar na difícil tarefa de unir o partido.
Na campanha pela Casa Branca, Hillary terá a sua frente o polêmico e carismático magnata Donald Trump, que há uma semana foi nomeado formalmente como candidato do conservador Partido Republicano.
O senador Bernie Sanders, cujos seguidores nas primárias resistiram em apoiar Hillary, esteve nesta terça-feira em uma reunião com delegados do estado da Califórnia, e novamente o momento foi muito sensível. “O que devemos fazer agora é derrotar Donald Trump e eleger Hillary Clinton. Ou mais tarde olharemos para trás e somente iremos nos arrepender”, disse Sanders aos delegados que não se mostravam muito convencidos.
“Na minha opinião, é muito fácil vaiar, mas é mais difícil olhar o rosto das crianças que deverão viver em uma presidência do Trump”, acrescentou o experiente senador, que nas primárias se tornou o representante dos eleitores irritados com o rumo do partido.
Desta forma, a grande incógnita da votação para nomear Hillary é a tendência que seguirão os adeptos mais radicais de Sanders, que fazem parte de um grupo que se chama “Bernie ou nada” e que resiste em apoiar a ex-secretária de Estado.
Sanders tem realizado esforços visíveis para convencer esses eleitores que a prioridade é impedir o triunfo de Trump, mas a inclinação desses numerosos ativistas é votar por Jill Stein, candidata do pequeno Partido Verde.
Em uma conversa informal com um grupo de jornalistas na convenção, o vice-presidente Joe Biden opinou que era necessário que esses eleitores pudessem expressar sua frustração. “Deixem eles ficarem frustrados. Tudo vai ficar bem”, disse Biden.
*Com informações da AFP
Correio do Povo