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sábado 23 novembro 2024
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Jovens, álcool, velocidade e direção, uma combinação letal

O trânsito no Brasil e no mundo, continua sendo o maior vilão, na causa de mortes entre os jovens. Mais de 50 mil jovens por ano, perdem a vida de maneira violenta em acidentes de trânsito em nosso país. Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), no mundo, jovens do sexo masculino, de 15 a 29 anos são as principais vítimas de acidentes com morte. O Brasil ocupa hoje, o 4º lugar no ranking dos países com maior número de mortes em acidentes de trânsito, segundo o Instituto Avante Brasil.
As principais causas dos acidentes de trânsito, estão ligadas a negligência, excesso de velocidade e alcoolismo. Começam a aparecer também nas estatísticas dos acidentes, o uso do celular (segundo a Associação Brasileira de Medicina de Tráfego, o ato de ler e mandar mensagens ao dirigir, aumenta em 23 vezes as chances de acidentes). Segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, os custos relacionados aos acidentes de trânsito no Brasil, ultrapassaram os 30 bilhões, somente no período de 2011 a 2013, sem falarmos nas vidas que se perderam e se perdem, as quais não podemos mensurar.
Um dos grandes avanços na legislação de trânsito brasileiro, foi a implementação da “Lei Seca” (lei nº 11.705/2008), que criminalizou e tornou mais severa a legislação para quem dirigir alcoolizado, estabelecendo índices e penas para os condutores que infringirem esta lei. A lei determina que a concentração de 0,05 miligramas por litro de sangue, seja considerada uma infração administrativa, passível de suspensão da Carteira Nacional de Habilitação, por até 12 meses. Já nos casos onde a medição ultrapasse 0,36 miligramas por litro de sangue, o condutor ficará sujeito a punição de seis meses a três anos de reclusão penal.
O Brasil é signatário de uma proposta internacional, ratificada por mais de 150 países, onde a ONU elegeu a “Década de Ação pela Segurança no Trânsito”, com o objetivo de até 2020, reduzirmos em 50% as mortes no trânsito. A maioria dos países(79), estão conseguindo cumprir esta meta, porém no Brasil, este índice subiu de 18,7 para 23,4 mortes por 100 mil habitantes, aproximando-se dos países africanos, que possuem o título de países com o trânsito mais perigoso do mundo, com índices de 26,6 mortes por 100 mil habitantes.
Os dados estão aí e não podemos mais olhar para eles visualizando apenas números ou gráficos, são vidas que estão se perdendo, são jovens que estão sendo “assassinados” pela negligência de nossa sociedade; São vidas seifadas, mortes estúpidas anunciadas, ligadas geralmente a falhas que poderiam ter sido evitadas, seja no cumprimento da lei, ou na mudança de comportamento dos condutores, por um trânsito mais seguro, defensivo e protetor da vida.



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