Presidente da CPMI chama atuação das forças de segurança em 8/1 de ‘incompetência generalizada’
Deputado Arthur Maia disse que comissão deve individualizar responsabilidades e saber se houve intenção de permitir invasões
“A CPMI tem obrigação de, individualizando a responsabilidade de cada um, dizer onde teve dolo e onde teve culpa. A incompetência já está caracterizada, sem dúvida”, completou Arthur Maia.
Apesar de haver motivação política por trás dos ataques, Maia afirmou que, independentemente disso, a “incompetência generalizada” permitiu as invasões. “As pessoas entraram como se estivessem passeando em uma rua aberta. Depredaram sem nenhuma resistência”, reforçou.
O deputado definiu as barreiras da PMDF como “um cordão que parecia mais uma fila de recepção aos invasores”. Na fala, ele aproveitou para lembrar a discussão em torno do Fundo Constitucional do Distrito Federal e a articulação da base parlamentar da capital para deixar o fundo de fora do limite de gastos no novo marco fiscal.
Segundo Maia, o fundo existe “justamente porque aqui está a sede do poder, e a PMDF tem esse propósito, essa obrigação, esse dever de guardar a Praça dos Três Poderes e os prédios públicos federais”. Depois, relembrou a atuação da corporação no 8 de Janeiro. “E o que essa polícia fez? Nada”, dissePara esclarecer a responsabilidade de cada investigado, Maia afirmou que uma nova rodada de oitivas vai ser necessária. Ele citou a vinda do general Gustavo Henrique Dutra de Menezes, ex-chefe do Comando Militar do Planalto (CMP), e da coronel Cíntia Queiroz, da PMDF, para contribuir com esse trabalho. Os dois requerimentos já foram aprovados, mas ainda é necessário agendar a data.
Outro depoimento importante para o presidente é de algum representante da Força Nacional. Há pedidos para convocar o diretor-geral da Força Nacional de Segurança Pública do Ministério da Justiça, Fernando Alencar Medeiros; o ex-diretor-geral da Força Nacional de Segurança Pública (FNSP) e coronel da reserva José Américo de Souza Gaia; o então diretor-substituto da Força Nacional de Segurança Pública durante os ataques delegado Ivair Matos Santos; e o ex-comandante do Batalhão de Pronto Emprego da Força Nacional de Segurança Pública Sandro Augusto de Sales Queiroz.
Os pedidos ainda terão de ser colocados na pauta de votação.