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sexta-feira 26 abril 2024
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PDT decide amanhã, no RJ, se expulsa deputados que votaram a favor do impeachment de Dilma

Líder da bancada gaúcha no Congresso, Giovani Cherini (PDT), corre risco de punição

"Estou muito tranquilo no sentido de acreditar que o bom senso vai funcionar e que não aconteça nenhuma injustiça nesse momento", disse Cherini | Foto: Gustavo Lima / Câmara dos Deputados

“Estou muito tranquilo no sentido de acreditar que o bom senso vai funcionar e que não aconteça nenhuma injustiça nesse momento”, disse Cherini | Foto: Gustavo Lima / Câmara dos Deputados
Líder da bancada federal gaúcha no Congresso, o deputado Giovani Cherini (PDT) vai ser julgado pela Comissão de Ética do Partido Democrático Trabalhista (PDT), nesta segunda-feira, no Rio de Janeiro. O parlamentar e mais cinco correligionários foram acusados de desrespeitar uma orientação nacional da legenda ao votarem a favor da admissibilidade do processo de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff, em 17 de abril.
Filiado ao PDT há 28 anos, Cherini é o deputado federal mais votado da história da legenda no Rio Grande do Sul. Foram 115.294 votos nas eleições de 2014. Ele fala que torce para que o bom senso pese na decisão dos integrantes da direção nacional. O deputado também defende que a decisão seja justa e  valha para todos, e não só para alguns.
“Estou muito tranquilo no sentido de acreditar que o bom senso vai funcionar e que não aconteça nenhuma injustiça nesse momento, porque para mim uma expulsão seria a pena máxima da maior injustiça que eu possa estar recebendo na minha vida. Não acredito nisso. Ainda mais em uma situação dessas, em que nós votamos a favor do impeachment. Não há nenhuma possibilidade, nesse caso, de alguns deputados e senadores receberem um tratamento e outros receberem outro tratamento. Espero que essa injustiça não aconteça para todos e muito menos para alguns”, expôs o pedetista.
O presidente estadual do PDT, deputado federal Pompeo de Mattos, que participa do encontro, amanhã, no Rio, ressaltou que o julgamento deve ser individual.
“Os que votaram favoráveis ao impeachment é que estão sendo submetidos ao julgamento. Porque abstenção é a mesma coisa que ‘não’. Eu me abstive em protesto, não ajudei o ‘sim’. E com relação aos senadores, fiz o que pude para que eles não entrassem (agora) nessa análise. E sobre os deputados, acho que será caso a caso, não é um julgamento coletivo”, apontou Pompeo.
O julgamento, que vai analisar os votos a favor do impeachment de Giovani Cherini (PDT-RS), Flávia Morais (PDT-GO), Hissa Abrahão (PDT-AM), Sérgio Vidigal (PDT-ES), Mário Heringer (PDT-MG) e Subtenente Gonzaga (PDT-MG), deve se iniciar às 10h30min.
O partido ainda não apresentou uma data para a análise da expulsão de senadores que também votaram a favor do impedimento de Dilma. De acordo com integrantes do partido, o PT ainda tenta reverter a decisão de alguns senadores, já que muitos alegaram ter apoiado apenas a admissibilidade do processo e não, necessariamente, o afastamento irreversível de Dilma. No PDT, Acir Gurgacz (RO) e Lasier Martins (RS) apoiaram a saída temporária da presidente. Telmário Mota (RR) seguiu o partido, mas foi o único a votar contra.
Radio Guaiba




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