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sexta-feira 26 abril 2024
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Equipe de Bolsonaro avalia necessidade de divulgar manifesto contra acusações de racismo e misoginia

Objetivo da iniciativa seria reagir ao rótulo de radical

Coordenador da campanha de Bolsonaro, Onyx Lorenzoni diz que é contrário ao manifesto | Foto: Nilson Bastian / Câmara dos Deputados / CP

Coordenador da campanha de Bolsonaro, Onyx Lorenzoni diz que é contrário ao manifesto | Foto: Nilson Bastian / Câmara dos Deputados / CP

Integrantes da cúpula da campanha do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) têm reunião nesta terça-feira pela manhã, em São Paulo, onde o candidato está hospitalizado. A pauta principal é avaliar e definir a necessidade de divulgação de uma espécie de manifesto à nação. O objetivo da iniciativa seria reagir ao rótulo de radical, responder às críticas de racismo e misoginia, destacar seu compromisso com a democracia e com o ajuste fiscal. A ação, por ora, não conta com consenso.

Coordenador da campanha de Bolsonaro, o deputado federal e presidente do Dem no Rio Grande do Sul, Onyx Lorenzoni, reconheceu, em entrevista à coluna, que um grupo defende a manifestação, mas que pessoalmente, é contrário. “O maior manifesto já foi feito, que é o programa de governo, revolucionário para a administração pública. Quem precisa fazer carta à nação são os que não têm credibilidade, mas estamos discutindo. O próprio Bolsonaro não é favorável à ideia”, disse Onyx.

Na data de confirmação da candidatura de Fernando Haddad ao Planalto, dia 11, substituindo Lula, o ex-presidente divulgou uma Carta ao Povo Brasileiro. O texto tinha como alvo os trabalhadores. Em 2002, pouco antes de sair vitorioso das urnas, Lula divulgou a primeira versão da carta. Há 16 anos, os focos foram os mercados nacional e internacional.

O movimento que vem ganhando corpo na Internet nos últimos dias, do “#EleNão”, mais abrangente do que o “Mulheres Contra Bolsonaro”, manifestações nas ruas, marcadas para o dia 29 em todo o país, criticas pesadas da imprensa internacional e recente manifesto de empresários, intelectuais e artistas, contrários ao candidato, segundo Onyx, não preocupam a coordenação da campanha.

“O movimento que nos preocupa é o ele sim, que é majoritário em quase todos os estados, com exceção de Nordeste, onde iremos virar o cenário”, afirmou.

Correio do Povo

 




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