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sábado 27 abril 2024
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Bolsonaro rebate críticas por ter recebido alemã de extrema direita

“Recebi deputada eleita democraticamente”, diz o presidente após foto com Beatrix von Storch, neta de um ex-ministro das Finanças da Alemanha nazista

Foto: Reprodução Instagram / CP

“Recebi deputada eleita democraticamente”, diz o presidente após foto com Beatrix von Storch 

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) falou a apoiadores nesta quinta-feira (29) sobre o encontro que teve com Beatrix von Storch, deputada alemã da extrema-direita e neta de um ex-ministro das Finanças da Alemanha nazista. O titular do Executivo defendeu a reunião e a comparou com o episódio em que se reuniu com Luis Miranda (DEM-DF).

“Semana passada tinha um deputado chileno e uma deputada alemã visitando a Presidência. Poxa, tratei, conversei, bati um papo. Vai que a deputada alemã é neta de um ex-ministro do Hitler. Pô, me arrebentaram na imprensa. Acho que a gente não pode ligar um pai a um filho, muitas vezes, um fez uma coisa errada e ligar a outra”, afirmou.

“Os regimes comunistas né, quando encontravam com um homem, acusado de um crime, prendia a esposa, filhos. Eu não posso receber essa deputada? Foi eleita democraticamente na Alemanha. Se eu for ver a ficha de cada um para ser atendido. Primeiro, vou demorar horas para atender”, completou.

As declarações foram dadas por Bolsonaro a apoiadores no Palácio do Alvorada e transmitidas por um canal no Youtube. O titular do Executivo comparou, ainda, o encontro com a parlamentar alemã ao momento em que recebeu o deputado federal Luis Miranda (DEM-DF), que o alertou sobre as irregularidades no contrato da Covaxin, vacina contra a Covid-19 produzida pela Índia.

“Igual eu recebi aqui o deputado Luis Miranda aqui, não vou falar nada sobre ele. Deixa ele. Está sendo investigado pela PF, pelo Conselho de Ética da Câmara também”, disse.

Encontro

“Em uma conversa de uma hora, pude discutir a situação de nossas duas nações com o presidente. Fiquei profundamente impressionada com a compreensão que o presidente tem dos problemas da Europa e dos desafios políticos de nosso tempo”, disse.
“Embora tivesse acabado de terminar mais uma internação hospitalar em decorrência do assassinato, ele parecia controlado, determinado e cheio de confiança. Em contraste com o que a grande mídia retratou, ele é humilde, bem-humorado e amigável nas relações pessoais. O Presidente é, sem dúvida, um homem de convicções profundas, de fé cristã e de profundo amor pela pátria”, acrescentou.

Beatrix comentou ainda que, para ser capaz de combater com sucesso a esquerda, “os conservadores também devem se relacionar melhor internacionalmente”. “O Brasil é uma potência emergente e, ao lado dos EUA e da Rússia, pode ser um parceiro estratégico global da Alemanha com quem podemos construir o futuro juntos”, acredita.

TRADUZINDO A POSTAGEM DE BEATRIX EM SEU PERFIL NO INSTAGRAM

A fim de ganhar aliados para a AfD, estou conversando com políticos conservadores, partidos e líderes de opinião no Brasil. Na viagem, pude conversar não apenas com parlamentares brasileiros, ministros e o filho do presidente Eduardo Bolsonaro, mas também com o próprio presidente Jair Bolsonaro.
 
Em uma conversa de uma hora, pude discutir a situação de nossas duas nações com o presidente. Fiquei profundamente impressionado com a compreensão que o presidente tem dos problemas da Europa e dos desafios políticos do nosso tempo.
 
Embora o presidente tivesse acabado de terminar mais uma internação hospitalar em decorrência do assassinato, ele parecia controlado, determinado e cheio de confiança. Em contraste com o que a grande mídia retratou, ele é humilde, bem-humorado e amigável nas relações pessoais. O Presidente é, sem dúvida, um homem de convicções profundas, de fé cristã e de profundo amor pela pátria.
 
A transição energética alemã é recebida com grande incompreensão no Brasil. No Brasil, o fato de a Alemanha estar retirando-se do carvão e da energia nuclear ao mesmo tempo provoca uma onda de descrença.
 
A esquerda empurra sua ideologia por meio de suas redes internacionais. Se as sextas-feiras para o futuro ou as vidas negras importam, se os movimentos LGBTIQ ou a Antifa – eles operam além das fronteiras nacionais para levar adiante sua agenda esquerdista e empurrar as posições conservadoras contra a parede. A esquerda usa organizações internacionais para exercer pressão sobre os estados-nação por meio delas. O melhor exemplo disso é o Global Compact for Migration.
 
Para ser capaz de combater com sucesso a esquerda que opera internacionalmente, os conservadores também devem se relacionar melhor internacionalmente. O Brasil é uma potência emergente e, ao lado dos EUA e da Rússia, pode ser um parceiro estratégico global da Alemanha com quem podemos construir o futuro juntos.

 




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