Trajeto de retorno deve durar mais de 40 horas
Os turistas gaúchos que ficaram retidos no Chile, em razão de uma nevasca que bloqueou estradas na fronteira com a Argentina, no fim de semana retrasado, poderão, enfim, retornar ao Vale do Taquari, onde residem. “Partiremos em direção às nossas casas amanhã, às 5h da manhã”, disse Gerson Henrich da Silva, um dos integrantes do grupo, à Rádio Guaíba.
A saída de Santiago do Chile, onde recebem hospedagem desde 9 de julho, acontece na manhã desta quinta-feira, mas sem prazo exato para ser concluída, já que o trajeto vai ser rodoviário.
Se tudo correr dentro do previsto, os 33 turistas devem chegar ao Brasil até a manhã de sábado, 23, já que o trajeto entre Santiago e a cidade de Teutônia, de onde partiram, dura cerca de 40 horas.
Sem o imprevisto da nevasca, o retorno original do grupo era previsto, inicialmente, para a quarta-feira passada, dia 13.
Os moradores de Teutônia e Estrela viajaram ao Chile a turismo, mas acabaram ficando impedidos de se locomover devido a uma forte nevasca que bloqueou o tráfego rodoviário. O grupo – composto por uma criança, adultos e idosos – saiu do Vale do Taquari no dia 6 de julho. Depois de passarem por Mendoza, na Argentina, eles se dirigiam a Santiago do Chile para ficar mais quatro dias.
Os turistas tentaram subir a Cordilheira dos Andes, mas conseguiram chegar somente até a Ponte Del Inca, ao pé da Cordilheira.
No retorno, enfrentaram a nevasca. No sábado, dia 9, chegaram à Aduana Chilena, que teve os portões fechados para circulação de veículos em razão do risco de avalanches.
Nos três primeiros dias, o grupo dormiu dentro do ônibus que os transportava. Depois, no dia 12, foram transferidos a um alojamento do Exército chileno em uma cidade próxima. Dali, se deslocaram para Santiago do Chile, onde foram recebidos em um hotel custeado pela agência de turismo.
A nevasca que atingiu a Cordilheira dos Andes também atrapalhou inúmeros caminhoneiros, que tiveram de abandonar os veículos na região.
Na ultima quinta-feira, a Federação dos Caminhoneiros Autônomos do RS (Fecam-RS) estimou ao Correio do Povo entre 280 e 300 o número de caminhões presos na região, com prejuízo “incalculável”.