O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) suspendeu um trecho da campanha do candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que liga o presidente Jair Bolsonaro (PL) à comercialização desenfreada de armas de fogo. A decisão é da ministra Isabel Gallotti, que entendeu que o material usa declarações fora de contexto.
No vídeo, a campanha de Lula mostra declarações de Bolsonaro sobre querer “todo mundo armado” e liga o caso a “armas nas mãos de crianças, agressões a mulheres e crimes contra a vida”. A campanha se refere à facilitação no acesso de posse e porte de armas de fogo.
Na avaliação da ministra, a frase dita pelo chefe do Executivo está descontextualizada. Ela atendeu pedido dos advogados da campanha de Bolsonaro, que alegaram propaganda eleitoral negativa, além de outras violações da legislação.
Os advogados dizem que “o uso de arma por criança, para a intimação de mulheres ou para execuções sumárias” nunca foi defendido pelo presidente. De acordo com a decisão, se o trecho em questão for excluído as demais peças podem continuar em exibição.
Fake News
No encontro com plataformas digitais, o presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes, afirmou na última quarta-feira que a propagação de notícias falsas cresceu na campanha de segundo turno. “Nós avançamos muito no primeiro turno.
Tivemos, graças ao apoio das plataformas e redes sociais, um primeiro turno bem dentro do razoável, talvez até melhor do que todos nós esperávamos.
Mas estamos tendo um segundo turno piorando cada vez mais neste aspecto.
E, isso, da parte do TSE, vem demandando medidas mais duras”, afirmou Moraes.