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Trump assina decreto para construção do muro na fronteira com o México

Obra será financiada com o dinheiro do contribuinte americano

Obra será financiada com o dinheiro do contribuinte americano | Foto: Saul Loeb / AFP / CP

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira,25, dois decretos para implementar novas políticas de imigração no país. Entre elas, está a que colocará em prática o plano de construir um muro na fronteira com o México. “Falávamos disso desde o começo”, disse ele.

Segundo o porta-voz da Casa Branca, Sean Spicer, Trump negociará com o Congresso a verba para a construção do muro, mas “mais cedo ou mais tarde” o governo do México compensará esses gastos. Durante a campanha o presidente sempre prometeu que o governo americano não pagaria pelo muro, sem explicar como faria o país vizinho custear a obra. O presidente Enrique Peña Nieto diz que não há possibilidade de isso ocorrer.

 Construir essa barreira é mais que uma promessa de campanha. É senso comum para proteger nossas fronteiras porosas”, disse Spicer. “Há um fluxo de drogas, crime e imigração ilegal para os Estados Unidos.

Ainda de acordo com Spicer, a outra ordem executiva irá acabar com o financiamento das “cidades santuários” que acolhem os refugiados e colocará fim à política de “prisão e soltura” de imigrantes indocumentados de administrações anteriores. Apesar disso, ele garante que os imigrantes serão tratados “da maneira mais humana possível”

Para construir o muro, Trump poderá se apoiar numa lei de 2006 que autorizou a instalação de cercas ao longo da fronteira. Essa legislação levou à construção de cerca de 1.126 quilômetros de barreiras de diversos tipos, feitas para bloquear a passagem tanto de pessoas quanto de veículos.

O presidente americano argumenta que é vital controlar a entrada de imigrantes ilegais nos Estados Unidos. Na mesma linha, Trump deve assinar também ordens executivas para restringir a entrada de refugiados no país. Ele deve banir a imigração da Síria e de outros seis países do Oriente Médio ou da África, de acordo com fontes da Casa Branca.

Correio do Povo