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Três Passos – Justiça ouvirá reus do caso Bernardo na manhã desta quarta feira (27)

Pelas ruas da pequena cidade de Três Passos, no Noroeste do Rio Grande do Sul, cartazes e banners lembram a morte do menino Bernardo Boldrini, então com 11 anos, ocorrida em abril de 2014.

 O crime ainda causa perplexidade nos moradores, que pedem justiça um ano após o crime.

Depois de ouvir mais de 50 testemunhas, a Justiça vai interrogar nesta quarta-feira (27) os quatro acusados do assassinato: o médico Leandro Boldrini, pai da criança, a madrasta Graciele Ugulini, a amiga dela, Edelvânia Wirganovicz, e o irmão Evandro Wirganovicz.

A audiência será realizada a partir das 9h30 no salão do Foro da Comarca de Três Passos. 

Do lado de fora, uma vigília está sendo preparada por amigos, ex-professores e vizinhos de Bernardo. “Nós queremos só justiça, mas em paz. 

Nós não queremos nenhum tipo de violência verbal, nem física. Nada, nada, nada. Ordem e paz. E a justiça será feita”, torce o empresário Carlos Petry, que cuidava do menino junto com a esposa Juçara, na ausência do pai.

Um forte esquema de segurança foi montado pelo Tribunal de Justiça e pela Brigada Militar, que terá o apoio do Pelotão de Operações Especiais (POE). Ruas próximas ao prédio vão ser fechadas a partir das 8h.

Bernardo desapareceu no dia 4 de abril de 2014, data em que foi morto.

 Seu corpo só foi encontrado no dia 14 de abril. Segundo as investigações da Polícia Civil, o menino morreu em razão de uma superdosagem do sedativo midazolan e foi enterrado em uma cova, na área rural de Frederico Westphalen, a 80 km de Três Passos. 

Graciele e Edelvânia teriam dado o remédio que causou a morte do garoto e depois teriam recebido a ajuda de Evandro para enterrar o corpo.

Até agora, o processo conta com 32 volumes e um total de 6,6 mil páginas. Considerando as testemunhas de acusação e defesa, 53 pessoas foram ouvidas em 18 audiências de instrução.

A audiência será conduzida pelo juiz Marcos Luís Agostini, titular do processo da 1ª Vara Judicial da Comarca, que vai decidir no começo da sessão a ordem em que os réus serão ouvidos. 

Será a primeira vez que os quatro acusados serão ouvidos pela Justiça desde o crime. 

Eles estão presos desde abril de 2014 e aguardam julgamento por crimes como homicídio qualificado e ocultação de cadáver, entre outros.
Informações G1 RS
Postado Sidnei Farias