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Temer diz que “não há mais motivos para não aprovar reforma da Previdência”

Presidente salientou importância do “apoio de governadores” à votação do tema

 Foto: Beto Barata / PR / CP

Na presença de 18 governadores, nesta terça-feira, o presidente da República, Michel Temer, afirmou  que não há mais motivos para não aprovar a reforma da Previdência depois das alterações feitas pelo relator, deputado Arthur Maia (PSB-BA), ao texto original. O encontro, realizado na casa do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), serviu para angariar apoio para a aprovação da proposta.

“O relator percorreu todas as bancadas, ouviu as observações todas. Eu disse: ‘olha, pode negociar, porque a linha mestra da reforma é exatamente a questão da idade’. Ele foi, negociou e amenizou enormemente aquele projeto inaugural. Então, não há mais razão, penso eu, para que se diga que não se deva aprovar a reforma da Previdência”, afirmou Temer.

O presidente iniciou sua fala dizendo que aquele encontro não era para pedir apoio aos governadores para aprovar a reforma, mas sim explicar como foram as negociações até aquele momento. Mas, ao final do discurso, Temer salientou “precisar muito” do apoio dos chefes dos Executivos estaduais. “Eu sei que os senhores têm a compreensão porque são governadores, têm as dificuldades, as mesmas que temos aqui na área federal. Enfrentamos dificuldades diárias no nosso governo. Mas nós podemos, juntos, fazer a reconstrução do país, independentemente de posições políticas e partidárias. Isso não está em conta.”.

Temer voltou a citar a urgência da reforma, em um discurso que é amplamente reproduzido pela equipe de ministros e por deputados da base. A máxima é que a não aprovação da reforma agora vai obrigar o país a fazer sacrifícios maiores depois. “O que é preciso é a compreensão de que temos um problema sério no país e precisamos solucioná-lo agora. Se não solucionarmos agora, teremos que fazê-lo muito mais vigorosamente e com mais sacrifícios talvez daqui três, no máximo quatro anos. O momento é de fazer essas reformas”, disse Temer.

Correio do Povo