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Temer confirma jantar com Marcelo Odebrecht

Empresário disse que se encontrou com o então vice-presidente para tratar da campanha presidencial

O Palácio do Planalto divulgou nota em que diz que o depoimento de Marcelo Odebrecht confirma o que o presidente Michel Temer vem dizendo há meses: que teve um encontro com o empresário, na época em que era vice-presidente, para tratar da campanha presidencial, mas que, na ocasião, não foram discutidos valores. Segundo o Planalto, o depoimento do empresário não traz novidades.

Marcelo Odebrecht foi ouvido nessa quarta-feira pelo ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Herman Benjamin. O empresário é testemunha na ação em que o PSDB pede a cassação da chapa Dilma-Temer por suposto abuso de poder político e econômico durante a campanha presidencial de 2014. Na nota divulgada nesta quinta-feira, a Presidência da República confirma ainda que a construtora Odebrecht deu um auxílio financeiro de R$ 11,3 milhões a campanhas do PMDB, partido de Temer, e que o montante foi declarado ao TSE.

Conforme reportagens veiculadas pela imprensa, no depoimento, Marcelo Odebrecht confirmou o encontro com Temer para tratar da campanha de 2014, mas negou ter acertado valores. Ele também teria dito que doações foram acertadas entre Cláudio Melo Filho, ex-diretor da Odebrecht, e Eliseu Padilha, atual ministro-chefe da Casa Civil.

O depoimento de Marcelo Odebrecht foi sigiloso. Condenado a 19 anos e quatro meses de prisão por participação no esquema investigado pela Operação Lava Jato e réu em outras ações penais, o ex-presidente da construtora Odebrecht está preso na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba desde junho de 2015.

De acordo com reportagens divulgadas pela imprensa, o empresário Marcelo Odebrecht disse, no depoimento, que doou mais de R$ 150 milhões à chapa Dilma-Temer na eleição de 2014 como caixa dois.

Dilma Rousseff

A assessoria da ex-presidenta Dilma Rousseff divulgou também nota na qual afirma que todas as doações a suas campanhas foram feitas de acordo com a legislação, tendo as duas prestações de contas sido aprovadas pelo TSE.

Correio do Povo