Ministro da Saúde também salientou que pasta vai retomar foco em outras áreas que ficaram relegadas na pandemia
Para ele, ao virar os holofotes para ao combate da pandemia, o governo está contribuindo para que os hospitais tenham uma “demanda reprimida gigante” de pacientes com outras doenças. Segundo o ministro, “não está acontecendo o movimento explosivo” de coronavírus no país. Com um entendimento otimista frente ao cenário epidemiológico, o ministro classificou o Brasil como um dos países que apresenta melhor “performance” em relação à pandemia.
No âmbito da informação, Teich apresentou a criação de um banco de dados para amparar uma “decisão de forma mais estruturada e sólida”. Em relação à estrutura, o chefe da pasta quer pensar estratégias de sobrevivência aos hospitais após o fim da pandemia.
Já o terceiro pilar apresentado desenha uma abertura para que estados e municípios possam criar suas próprias diretrizes aos programas de isolamento social, entre outros ligados à Covid-19. Segundo o ministro, é preciso entender que “o Brasil é absolutamente gigante e heterogêneo” o que exige orientações de acordo com cada região em relação ao distanciamento social como forma de evitar a disseminação do coronavírus.
Ele prometeu para a próxima semana a divulgação de diretrizes customizadas, com projeções do próprio Ministério da Saúde, para auxiliar governadores e prefeitos na tomada de decisões. Por fim, Nelson Teich confirmou que o general Eduardo Pazuello será seu secretário-executivo na pasta. “A impressão que tenho é que temos que ser mais eficientes. E ele é muito isso. Temos uma corrida contra o tempo”, concluiu.
Projeções
Durante a coletiva, o ministro ainda minimizou as projeções matemáticas da evolução de casos e mortes da Covid-19.
Ele citou, como exemplo, negativo um estudo publicado por pesquisadores do Imperial College London, no Reino Unido, que apontava que se não fossem adotadas medidas de distanciamento social, as mortes por Covid-19 no Brasil poderiam superar 1 milhão.
“Se você pegar, por exemplo, o número que veio, que foi o que mais assustou, que foi o do Imperial College, que 1,15 milhão de pessoas morreriam no Brasil, mas com algum tipo de cuidado específico, cairia para 44 mil. Isso é impossível: não tem medida que caia de 1,15 milhão para 44 mil”, destacou.
Correio do Povo e R7