Grupo, anunciado nesta terça-feira, é o maior da Câmara dos Deputados, com nove partidos e 175 parlamentares
O bloco soma 175 deputados e é o maior da Câmara. Fazem parte PDT, PSB, Patriota, União Brasil, PP, Avante, PSDB, Solidariedade e Cidadania. A liderança vai ser definida por rodízio entre as agremiações.
Quem começa no posto é o deputado Felipe Carreras (PSB-CE), integrante da base do governo Lula. “Vamos representar os estados de forma democrática. Será um bloco que vai ajudar o governo a ter base sólida, que vai ser importante para a estabilidade política do nosso país”, afirmou.
O PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro e aliado histórico do PP de Arthur Lira, decidiu ficar fora do grupo. Interlocutores da liderança da legenda afirmaram que o partido prefere “ficar sozinho” por questão de “autonomia nos trabalhos”. O PL soma 99 deputados e é a legenda com mais parlamentares na Câmara.
Afinados com o governo
O líder do União Brasil na Câmara, Elmar Nascimento (BA), afirmou que o papel do grupo é equilibrar as forças na Câmara, sem criar “celeuma” com o governo. “Não há qualquer tipo de interesse em criar, sobretudo com o governo, qualquer tipo de celeuma.
O anúncio contou ainda com a leitura de uma carta de compromisso em que o bloco aponta como pautas prioritárias a reforma tributária, a nova regra fiscal do governo e a reformulação do Bolsa Família.
Em uma rede social, Lira disse que o grupo serve para “somar, não confrontar”.
Articulação
A formação é considerada uma resposta ao bloco formado por MDB, PSD, Republicanos e Podemos, em março, com 142 parlamentares. A formação do “superbloco” é estratégica para a manutenção da influência de Arthur Lira no Legislativo.
A articulação de Lira acontece ainda em um momento em que o presidente da Câmara está há cerca de dois meses em uma queda de braço com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), para a retomada das comissões mistas do Congresso.
FONTE R7